Em entrevista ao jornal americano Wall Street Journal, o consultor de energia especialista na América Latina Roger Tissot diz que o "Brasil foi superestimado", referindo-se à euforia do potencial petrolífero brasileiro.
"Por que o petróleo brasileiro demora a pegar fogo", publicado nesta segunda-feira (9), o jornal faz uma análise da evolução dos preços das ações de petróleo no Brasil e diz que os investidores têm descoberto que "recurso no solo não é o mesmo que dinheiro na mão".
A reportagem avalia que os papéis da Petrobras continuam nos mesmos patamares que em 2006 e que as empresas OGX Petróleo e Gás Participações, do magnata Eike Batista, perderam dois terços de seu valor no mercado desde 2008.
Segundo o artigo, a Petrobras teve uma boa performance entre 2007 e 2008 quando a "magnitude do pré-sal tornou-se realidade". De acordo com o Wall Street Journal, porém, a "euforia sucumbiu à realidade".
O artigo citou o corte de estimativas de produção da OGX em junho, que desencadeou na queda das ações e na mudança do Executivo da empresa, e a redução das metas de produção da Petrobras. Segundo Tissot, apesar dos recursos naturais, as "políticas governamentais limitam a implantação de capital estrangeiro e especialização, tardando o desenvolvimento e aumentando os custos".
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