Poupança capta R$ 6 bi em julho

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A captação da caderneta de poupança bateu recorde em julho. De acordo com o Banco Central (BC), no mês passado, a aplicação registrou entrada líquida de R$ 6,837 bilhões, o melhor resultado para esses meses desde o início da série histórica do BC, em 1995. O montante também é o maior do ano e, no acumulado de janeiro a julho, as entradas superaram as saídas em R$ 19,079 bilhões. Com o desempenho do mês passado, o saldo da poupança chegou a R$ 349,524 bilhões.

A poupança é a aplicação mais popular do país e tem remuneração fixada em 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial, hoje praticamente zerada. Isso significa que os ganhos anuais da aplicação são um pouco maiores do que 6% ao ano. Apesar de os juros básicos da economia estarem em alta – em 10,75% ao ano, referência das remunerações de fundos de investimentos, como renda fixa –, especialistas têm dito que a caderneta continua atraindo mais aplicadores por causa da melhora do nível de emprego e renda.

Parte dos fundos de investimento, no entanto, viveu movimento oposto em julho, mesmo com a Selic mais elevada. Os fundos de investimento DI perderam capital no mês passado: R$ 2,040 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Já os fundos de renda fixa tiveram uma pequena captação líquida no período, de R$ 92,43 milhões.

Caixa

Os empréstimos habitacionais da Caixa Econômica Federal chegaram a R$ 40,1 bilhões nos sete primeiros meses de 2010, crescimento de 104% em relação ao mesmo período de 2009.

O valor também representa 85% dos R$ 47 bilhões emprestados em todo o ano passado. O total de unidades financiadas ultrapassou 650 mil. Do total emprestado até o final de julho, R$ 17,8 bilhões têm como fonte recursos da poupança; R$ 17,4 bilhões, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); e os R$ 4,9 bilhões restantes, outras fontes. O índice de inadimplência está em 1,7%, abaixo da média no mercado (2,3%).

De acordo com o banco, foram entregues 137 mil moradias do Minha Casa, Minha Vida desde a criação do programa, em abril de 2009. O valor contratado chegou a R$ 16,5 bilhões.