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Veja infográfico - Maior parte da população ainda não consegue se organizar para manter o hábito de poupar |
Veja infográfico - Maior parte da população ainda não consegue se organizar para manter o hábito de poupar| Foto:

Os curitibanos que conseguem economizar parte do que ganham – 39% de 585 entrevistados pela Paraná Pesquisas – têm reserva financeira suficiente para garantir sua sobrevivência por um período entre três meses e um ano. A assistente de marketing Dhyenny Pogere, 25 anos, calcula que garantiria o seu sustento de três a seis meses se ficasse sem renda. Juntos, ela e o marido têm uma receita mensal de R$ 4,2 mil, e colocam entre R$ 500 e R$ 800 na poupança todo os meses. Precavida, ela diz que sempre teve uma reserva, e que a ideia é aumentar as economias para evitar eventuais dificuldades.De acordo com o consultor de finanças pessoais Raphael Cordeiro, o recomendável é economizar entre 10% e 30% da renda, e ter guardado algo entre três e seis vezes o valor das despesas mensais. "Esse é o tempo médio para recolocação no mercado de trabalho", afirma.

Escolaridade

O levantamento da Paraná Pesquisas revela ainda que, quanto maior a escolaridade, maior a preocupação com a poupança. Entre os entrevistados com nível superior, 61% disseram ter economias, proporção acima da média geral. O índice, no entanto, cai para 34% entre os que têm ensino médio, e para 32% entre os que concluíram apenas o ensino fundamental.

Segundo a pesquisa, quem economiza quer guardar mais: 76% dos que poupam pretendem aumentar sua poupança nos próximos meses. É o caso do administrador de empresas Fernando Correa Leme, de 26 anos. Com uma renda mensal de R$ 2,3 mil, ele economiza R$ 250 por mês, aplicados em poupança e títulos de capitalização. "Quero aumentar a minha poupança para viajar, fazer mestrado ou para uma eventual necessidade", afirma.

Melhor aplicação

Para metade dos entrevistados, o imóvel não é somente o maior sonho de consumo, mas também a melhor aplicação financeira. Entre as possibilidades de investimento, aparecem em seguida a poupança, a preferida de 32% dos curitibanos. Bolsa de valores e fundos de investimento são apontados por apenas 6% e 5% dos entrevistados, respectivamente.

Colaborou Fernanda Gabardo Stoppa

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Cinco passos para encher seu cofrinho

A pedido da Gazeta do Povo, o consultor em finanças pessoais Raphael Cordeiro estabeleceu cinco passos para quem quer começar a poupar.

1. Defina objetivos - Pode ser simplesmente uma viagem, a formação de uma reserva, a compra de um apartamento de 100 metros quadrados, de uma casa de 300 metros quadrados ou de um carro. Uma boa estratégia para relembrar seu objetivo é colocar uma foto dele na carteira ou em algum lugar que veja com certa frequência.

2. Verifique sua capacidade de poupança - Anote seus gastos mensais e compare-os com suas despesas, fazendo um orçamento. Isso pode ser feito por meio de planilhas eletrônicas, websites de finanças pessoais ou em uma simples agenda. Escolha a ferramenta que seja mais adequada para você.

3. Aumente sua capacidade de poupar - Tente aumentar sua renda, por meio de uma promoção no trabalho ou atividades extras fazendo "bicos". Além disso, reduza despesas com supérfluos e desperdícios, mas sem comprometer a qualidade de vida.

4. Invista bem o dinheiro poupado - Ver o dinheiro protegido e crescendo dá motivação para que o investidor poupe ainda mais. Entretanto, cuide para não expor seus recursos a riscos elevados. Recomenda-se sempre priorizar a segurança e apenas depois disso avaliar a rentabilidade da aplicação.

5. Um passo de cada vez - Muita gente não consegue poupar porque não estabelece uma relação de prazer com o processo de economizar. Como não vê o resultado rapidamente, fica desmotivado e acaba desistindo. Para os ansiosos, é preciso começar aos poucos. Estabeleça objetivos mais simples e mais rápidos de serem atingidos. Com os primeiros resultados positivos, fica mais fácil partir para desafios maiores.

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