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Feijão e carne foram os vilões do aumento do prato feito em outubro | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Feijão e carne foram os vilões do aumento do prato feito em outubro| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O preço do "prato feito", com feijão, arroz, carne, alface e tomate, ficou 8,38% mais caro no país em outubro, na variação dos últimos 12 meses, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas. A alta fica acima da inflação do período, de 5,14%. O aumento foi puxado pelo preço do feijão carioquinha, que subiu 77 %, e do contra filé, com alta de 15%.

"Um aumento real, acima da inflação, é significante, ainda mais porque esses alimentos têm peso importante no orçamento familiar", afirma André Braz, economista da FGV. A variação só não foi maior porque o tomate e a alface apresentaram queda nos preços, de 35% e 0,29% respectivamente.

A inflação do feijão e da carne se deve a uma combinação de fatores pontuais ligados à pecuária e à agricultura, segundo Braz. Para ele, a tendência de alta não é duradoura. "O que ocorreu foram acidentes na oferta dos produtos. Um volume alto de chuvas no interior da Bahia fez com que a colheita do feijão carioca não fosse boa. E o tipo alternativo, o feijão preto, está em período de entressafra. Já a alta na carne tem a ver com a seca, que destruiu as pastagens e aumentou o custo da pecuária. Também há uma tendência maior de exportação da carne brasileira, com renovação de contratos com alguns países. Quanto mais você exporta, menos você abastece o mercado interno, o que também cria uma pressão por aumento dos preços", afirma o economista.

A pesquisa é feita em sete capitais brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador.

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