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O preço da soja subiu, mas não o suficiente para atrair quem prefere colher antes de assinar contratos de venda. O produtor Wilson Pan, que cultiva 70 hectares de soja na região do Londrina (Norte do estado), comemora a elevação das cotações do grão, mas considera que ainda não é o momento de vender. Seu principal argumento não é que os preços ainda devem subir, mas que o clima permanece muito instável.

"Quem plantou milho em setembro ainda sente falta de chuva. Faltou água em outubro e as chuvas de novembro não foram suficientes para compensar o déficit, apesar de todas as previsões otimistas. Isso também pode acontecer com a soja", justifica. No Paraná, os meteorologistas prevêem chuvas um pouco acima da média até janeiro.

Pan afirma que prefere não vender quando o resultado da lavoura é incerto. Diante de preços regulados pelo mercado internacional, queda na produção não é sinônimo de aumento nas cotações. Mesmo assim, o produtor afirma que, quando fez venda antecipada, em 2001, não teve qualquer vantagem. "Consegui vender parte da soja mais tarde pelo mesmo preço", lembra.

O produtor paranaense não costuma vender a soja no mercado futuro, mesmo diante de cotações animadoras, avalia o agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) Otmar Hübner. Ele considera que, historicamente, apenas 20% da produção ficam empenhados antes da colheita. Os valores pagos pela soja na semana passada eram 2,97% superiores aos da semana anterior, segundo o Deral, que monitora as cotações de 20 regiões do Paraná. (JR)

Cotação

R$ 28,68 por saca de 60 quilos de soja é o preço que vêm sendo pago aos produtores paranaenses, conforme última média calculada pelo Deral, referente à semana passada.

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