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O preço médio da terra no Brasil manteve a tendência de alta no bimestre setembro-outubro, subindo 1,25 por cento ante julho/agosto, para um recorde nominal de 4.548 reais por hectare, informou a consultoria AgraFNP nesta quarta-feira.

A alta ocorreu apesar de uma fraqueza nos preços de importantes commodities agrícolas do Brasil, como soja e milho, sinalizadoras das cotações das terras, informou a consultoria, ressaltando que o mercado continua sendo sustentado por investidores estrangeiros.

"De certa forma, esse movimento surpreende, já que as commodities agrícolas seguiram com preços estagnados nos últimos meses", afirmou Jacqueline Bierhals, analista do mercado de terras na AgraFNP, em um relatório.

Na comparação com o preço médio da terra praticado há 12 meses (4.330 reais em novembro e dezembro de 2008), a AgraFNP detectou uma alta de 5 por cento.

Em relação ao valor verificado 36 meses atrás (3.162 reais), a valorização média das terras no Brasil foi de 43,9 por cento.

"Com uma inflação de 17,54 por cento acumulada no período, o ganho real médio no período foi de 8,1 por cento", destacou a consultora.

A consultoria observou que, apesar da entressafra de soja no Brasil, os preços do grão estão mais baixos que há alguns meses, uma vez que tradings e esmagadoras estão com seus "estoques compostos".

No caso do milho, até houve sinais de melhora diante das estimativas de redução de área para 2009/10, "mas o cereal continuou extremamente dependente das intervenções governamentais para escoamento da produção do Cerrado".

Os negócios mais expressivos continuam concentrados nas regiões de terras mais baratas e com maiores vantagens logísticas, segundo a AgraFNP, divisão no Brasil do grupo Agra Informa, líder mundial em consultoria agrícola.

"Contudo, surgiram compras pontuais também em regiões de terras caras, como o Paraná", afirmou Bierhals em comunicado.

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