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Rio de Janeiro ajudou a puxar a queda de preços dos imóveis residenciais no mês de julho, com queda de -0,37%. | Assy/Pixabay
Rio de Janeiro ajudou a puxar a queda de preços dos imóveis residenciais no mês de julho, com queda de -0,37%.| Foto: Assy/Pixabay

Após quatro meses consecutivos de altas, o preço nominal médio dos imóveis residenciais em nove capitais brasileiras caiu 0,04% em julho frente ao mesmo mês do ano passado. Já no acumulado dos últimos 12 meses até julho, os preços registraram crescimento de 0,30%.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 21, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), cuja pesquisa considera os valores dos imóveis vendidos por meio de financiamento.

A pesquisa mostrou que, em julho, sete das nove capitais pesquisadas tiveram alta nos preços: São Paulo (0,01%), Belo Horizonte (0,02%), Recife (0,05%), Fortaleza (0,05%), Curitiba (0,06%), Goiânia (0,06%) e Salvador (0,18%).

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No entanto, o resultado foi puxado para baixo pelas quedas mais acentuadas nos preços vistas no Rio de Janeiro (-0,37%) e em Porto Alegre (-0,08%).

Apesar do resultado negativo de julho, a Abecip considera que a evolução dos preços dos imóveis residenciais no Brasil continua uma trajetória de lenta recuperação, com resultado positivo nos últimos 12 meses.

Na visão da entidade, a frustração com relação ao ritmo da atividade econômica no segundo trimestre do ano teve impacto em algumas variáveis fundamentais para o mercado imobiliário, como estabilização da taxa do desemprego em níveis elevados, crescimento moderado da renda e queda na confiança do consumidor.

“Este conjunto de fatores não deve, no entanto, ser suficiente para reverter a direção da retomada dos preços dos imóveis residenciais em um horizonte mais longo”, ressalta a Abecip.

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“A manutenção da taxa de juros em níveis historicamente baixos juntamente com novas medidas de estímulo ao crédito habitacional são elementos importantes e que devem desempenhar um papel fundamental para a retomada do setor em um ambiente futuro de menor incerteza”, complementa.

As novas medidas são aquelas anunciadas em julho pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e que, entre outros itens, aumentou o teto de financiamento com recursos do FGTS para imóveis de até R$ 1,5 milhão e flexibilizou a alocação dos recursos da poupança por parte dos bancos.

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