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O preço do álcool deve subir nos postos de Curitiba ao longo dessa semana. Vendido hoje, em média, por R$ 1,49, o litro do combustível pode chegar a R$ 1,70, segundo estimativa do Sindicombustíveis. De acordo com o presidente da entidade, Roberto Fregonese, já na última semana de dezembro os postos pagaram cerca de 15 centavos a mais pelo litro do álcool. "O preço de custo que era de R$ 1,25 na semana passada, chegou a até R$ 1,42 na última sexta-feira", diz. "Se os revendedores mantiverem as margens de lucro em cerca de 22%, o combustível por chegar a R$ 1,70. Mas cada um estipula o seu preço, por isso não é possível definir exatamente a quanto o produto será vendido."

O aumento decorre da entressafra da cana-de-açúcar, explica o empresário. "Há uma pressão muito forte no preço do produto. O consumo de álcool vem crescendo em cerca de 1,2 bilhão de litros por ano e o aumento da produção ainda não acompanha no mesmo ritmo", diz o presidente do Sindicombustíveis. Em 2006, durante a entressafra, o litro do álcool chegou a R$ 2 na capital paranaense. "Mas não acredito que chegue a tanto esse ano."

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), o preço médio do litro do álcool hidratado, utilizado em veículos a álcool e flex fuel, subiu 4,59% na última semana nas usinas paulistas e encerrou o ano passado a R$ 0,84299, ante R$ 0,80596 da semana anterior. Em comparação com a última semana de novembro, quando o preço médio era de R$ 0,74659 o litro, a alta foi de 12,91% nas unidades produtoras, segundo o Cepea/USP.

Nos postos, o preço do álcool hidratado avançou, em média, R$ 0,10 na passagem do ano. No estado de São Paulo, o litro começou 2007 vendido entre R$ 1,29 e R$ 1,39 na maioria dos revendedores de combustível. Já o preço do álcool anidro, misturado à gasolina na proporção de 23%, encerrou 2006 a R$ 0,86591 o litro em média, altas de 1,35% ante o valor de R$ 0,85434 cobrado na penúltima semana de 2006.

O diretor da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, considerou natural o aumento devido a três fatores principais: a demanda em dezembro sobe cerca de 10% e supera 1,1 bilhão de litros; a produção não existe no Centro-Sul e os estoques totais de álcool, que chegam a 8 bilhões de litros, na safra, caem para 4,5 bilhões no início de janeiro.

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