Preço dos imóveis volta a desacelerar em Curitiba

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Pelo segundo mês consecutivo, a variação no preço dos imóveis residenciais novos em Curitiba desacelera e chega próximo do zero por cento. Em maio, a valorização mensal do metro quadrado privativo dos apartamentos foi de 0,1% na comparação com abril, atingindo os R$ 5.901. Os dados são da pesquisa mensal realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR).

INFOGRÁFICO: Veja a evolução no preço dos imóveis

Para o presidente da entidade, Gustavo Selig, o porcentual não é representativo, já que maio e abril são, historicamente, meses de menor valorização imobiliária. "Temos ainda a realização dos grandes eventos, como a Copa do Mundo, que fizeram com que o foco fosse outro", diz.

Os apartamentos de quatro dormitórios foram os que registraram a maior alta em maio, com reajuste de 1,6% e preço do metro quadrado privativo de R$ 7.929. As unidades de um quarto, incluindo lofts e studios, registraram a segunda maior correção do período, com aumento de 0,7% por metro quadrado – o preço ficou em torno de R$ 6.575.

Os imóveis de três dormitórios tiveram atualização de 0,4%, com metro quadrado privativo a R$ 5.828. Os de dois dormitórios, por sua vez, mantiveram os valores estáveis em R$ 5.438, registrando leve queda de 0,3% no comparativo.

Estabilidade

Os dados da pesquisa da Ademi-PR exemplificam o cenário de estabilidade que se desenha para o setor. De dezembro até maio, a variação média no preço do metro quadrado privativo para os apartamentos novos foi de 3,9%, índice bastante próximo do registrado pela inflação no período, de 3,3%.

Marcos Kahtalian, consultor do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Paraná (Sinduscon-PR) e sócio da Brain Bureau de Inteligência Corporativa – parceira da pesquisa – destaca que essa acomodação dos preços não é exclusiva do mercado curitibano. "Indicadores nacionais apontam esse fato. Isso acontece porque a grande demanda foi atendida num momento de expansão e, hoje, o mercado é de reposição", avalia.

No acumulado

Os apartamentos de dois e três dormitórios foram os que mantiveram os índices de reajuste mais próximos ao da inflação no acumulado do ano, 3,4% e 3,2%, respectivamente. Por outro lado, as unidades de um e quatro dormitórios foram as que registraram as maiores valorizações do período, 8,3% e 4,6%, nessa ordem, entre dezembro de 2013 e maio de 2014.

Selig e Kahtalian esclarecem que os índices não podem ser entendidos como o aquecimento de um segmento em relação aos demais, uma vez que a variação na valorização depende de diversos fatores, como oferta e procura e concentração de lançamentos.