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Transgênico CTNBio analisa variedade OGM

São Paulo – Começou ontem em Brasília a primeira reunião do ano da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), em que está sendo apreciada a liberação comercial do milho geneticamente modificado da Bayer CropScience. O primeiro dia do encontro, que termina hoje, foi marcado pela manifestação do Greenpeace nas ruas de Brasília. Os representantes da ONG se espalharam por todo o trajeto entre o hotel onde os integrantes da comissão estão hospedados até o local da reunião, no setor policial sul da capital federal, com cartazes pedindo que as variedades de milho transgênicas não sejam liberadas. Eles apresentaram dados parciais de um documento contrário ao milho OGM que será lançado mundialmente na próxima segunda-feira. De acordo com a prévia do relatório, durante os últimos dez anos foram registrados em todo o mundo 142 casos de cruzamento entre variedades transgênicas e convencionais.

Campo Mourão – O ano não poderia começar melhor para os agricultores de Campo Mourão (Centro-Oeste) que investiram no plantio de milho na safra 2006/07. Os contratos oscilam entre R$ 16 e R$ 17,50 a saca e a produtividade, em alta, rende até 410 sacas por alqueire.

Com cerca de 70% do milho colhido de uma área de 30 alqueires, o agricultor Rodrigo Riva aposta em uma produção de 370 sacas por alqueire. "Choveu no tempo certo e fez sol na hora certa. Além disso, o clima foi propício para quem apostou nesta safra", afirma Riva. Ele lembra que no ano passado, por causa da seca, a produtividade ficou em 300 sacas por alqueire.

Por conta da boa expectativa, o agricultor se antecipou e comprou uma moto 2005. "É um bem que será pago com o lucro da safra", comenta Riva. Para o próximo plantio de milho, o agricultor pretende ampliar a área por conta da cotação em alta. "Em virtude do clima estável e do preço, a área de plantio será ampliada."

Augustinho Santim, de 76 anos, que plantou 19 alqueires de milho, é outro que pretende aumentar a área da próxima safra. "O preço em alta estimula a ampliação", afirma. Para o agricultor, que colheu no ano passado 332 sacas por alqueire, a produtividade dessa safra vem sendo um presente. "A expectativa é de colher 360 sacas, então não posso reclamar."

No caso do produtor Rafael Chamberlain, o lucro com o milho vai pagar as dívidas e o restante será guardado, para iniciar a próxima safra com dinheiro em caixa. "Sempre tem que ter uma safra como capital de giro para uma eventualidade." Ele conta que, das safras passadas, a família só lembra das histórias negativas contadas por agricultores que tiveram problemas. "Tivemos prejuízo, mas estávamos com dinheiro em caixa, o que deu fôlego para continuar no campo." Segundo ele, a safra de 2006/07 tem ajuda divina. "Deus estendeu a mão e ajudou o homem do campo."

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