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Os preços dos combustíveis caíram pela terceira semana consecutiva nos postos paranaenses. Entre os dias 26 de março e 1.º de abril, o valor médio cobrado pelo litro da gasolina no Paraná foi de R$ 2,456, 2% inferior ao da semana anterior. A baixa do álcool foi mais leve: o derivado da cana-de-açúcar recuou 0,65%, passando de R$ 1,996 para R$ 1,983 na média dos quase 800 postos pesquisados no estado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A variação entre o preço mínimo e o máximo é grande: em Curitiba, por exemplo, o litro da gasolina varia de R$ 2,27 a R$ 2,65. O álcool vai de R$ 1,79 a R$ 2,26.

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis-PR (sindicato que representa os postos), Roberto Fregonese, os preços dificilmente subirão nos próximos dias. O motivo principal é a guerra de preços travada entre as grandes distribuidoras. Segundo ele, as companhias estão trabalhando com margens de lucro bastante baixas para a gasolina – cerca de 4% – e há pelo menos duas semanas vendem o álcool com prejuízo.

Muitas impõem que os revendedores também cobrem menos, o que tem derrubado as margens dos postos. Segundo a ANP, a margem na venda da gasolina era de 12% no início do mês passado, e caiu para 8%. No caso do álcool, ela não atinge 5%. Nas contas do presidente do Sindicombustíveis, o ideal para bancar os custos seria uma margem de 15%. "Os preços que vemos hoje são completamente artificiais, e para as distribuidoras isso representa uma perda de milhões de reais por dia. É claro que elas vão tentar recuperar isso mais tarde, mas não vejo sinais de mudança no curto prazo."

No entanto, o economista Sandro Silva, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, diz acreditar na possibilidade de aumentos nos próximos dias. "A procura por combustíveis cresce no início do mês e os postos podem aproveitar este período para recuperar a margem", diz Silva. O economista prevê que o feriadão da Páscoa elevará ainda mais a demanda e, conseqüentemente, os preços.

Fregonese alerta para o fato de que alguns postos estariam vendendo produto adulterado e cobrando menos por meio da sonegação de impostos. Segundo ele, as distribuidoras da capital estão comprando o álcool por R$ 1,88 o litro e a gasolina por R$ 2,20. Se algum posto cobrar menos que isso, o consumidor deve desconfiar.

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