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Os preços no atacado da zona do euro caíram mais que o esperado em outubro na comparação mensal, mostraram dados divulgados nesta terça-feira, ressaltando a tendência desinflacionária da economia atingida pela recessão e o espaço para um profundo corte de juro pelo Banco Central Europeu (BCE).

Uma queda nos custos de energia e de bens intermediários empurrou para baixo os preços dos produtos industriais na região dos 15 países que usam o euro como moeda em 0,8%, frente a setembro, levando a taxa anual para um aumento nos preços de 6,3%, informou a agência de Estatísticas da União Européia, a Eurostat.

Economistas consultados pela Reuters previam uma queda mensal de 0,3% e uma alta de 7% na comparação ano a ano. A agência européia revisou os dados sobre os preços no atacado em setembro para uma queda de 0,3%, em vez dos 0,2% divulgados anteriormente.

"Isso mostra que não resta pressão na zona do euro e que isso tende a se transformar em mais quedas na inflação no curto prazo", disse Holger Schmieding, economista do Bank of America.

A inflação do consumidor na zona do euro caiu para 2,1% em novembro, frente a 3,2%em outubro, mostraram estimativas da Eurostat. O BCE, que define a taxa de juro da região na quinta-feira, tem como meta de inflação uma taxa abaixo de 2%.

"A mensagem ao BCE é clara: não se preocupe com a inflação, corte o juro agora e muito. Eu diria 0,75 ponto percentual, é um mínimo. Os dados dão claro suporte a um grande corte", disse Schemieding.

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