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Mario Monti se encontrará com a alemã Angela Merkel na quarta-feira | Stefano Rellandini/ Reuters
Mario Monti se encontrará com a alemã Angela Merkel na quarta-feira| Foto: Stefano Rellandini/ Reuters

Mercado financeiro

Reino Unido quer que acionistas aprovem bônus a executivos

Agência Estado

O Reino Unido estuda introduzir leis que garantam aos acionistas de empresas o poder de vetar o pagamento de bônus a executivos, afirmou o primeiro-ministro do país, David Cameron, acrescentando que a medida tem como objetivo evitar que um pequeno grupo de diretores aprove salários excessivos para seus colegas em detrimento das companhias que comandam.

Ele disse ter consciência de que muitas pessoas estão furiosas com o fato de executivos terem recebido remunerações elevadíssimas mesmo diante dos resultados fracos obtidos pelas empresas que chefiavam. "Grandes recompensas por fracassos fazem o sangue das pessoas ferver," disse Cameron durante uma entrevista à BBC.

Segundo o primeiro-ministro, as leis que regulam os salários dos executivos devem ser apresentadas nos próximos meses. Não há detalhes sobre como elas funcionarão ou serão estruturadas, mas as medidas podem fazer parte de uma reforma que será proposta pelo secretário de Empresas, do Reino Unido, Vince Cable.

Atualmente, os acionistas de uma companhia britânica só podem demonstrar que são contrários à remuneração dos executivos por meio de uma votação cujo resultado não necessariamente será acatado pelo conselho administrativo.

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, descartou a adoção de um novo plano de austeridade fiscal no país, afirmando que as medidas anunciadas até agora são suficientes para garantir o cumprimento das metas econômicas.

Segundo ele, a Itália terá um orçamento equilibrado até 2013 e um superávit fiscal equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) naquele ano. Monti confirmou que fará uma reunião com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na quarta-feira para convencê-la de que a Itália cumprirá as reformas fiscais.

O primeiro-ministro disse que considera o sistema bancário italiano sólido e que parte dele foi afetado negativamente pela notícia de que alguns bancos teriam de levantar capital. Monti também afirmou que o euro não está em crise, mas sofre com a volatilidade.

EFSF

Os governos europeus podem ter de aumentar as garantias para que os investidores forneçam recursos e ampliem o poder de fogo do Fundo Eu­­ropeu de Estabilidade Finan­­ceira (EFSF, na sigla em inglês), afirmou Klaus Regling, diretor do fundo, segundo o jornal alemão Bild am Sonntag.

Regling quer oferecer aos investidores uma garantia de 30% sobre os investimentos feitos no EFSF, de acordo com o jornal. A garantia de 20% prevista atualmente não será suficiente para atrair investidores porque não reflete totalmente os riscos ligados ao fundo e ao bloco monetário, afirmou a reportagem.

No ano passado, os líderes europeus decidiram alavancar o EFSF atraindo investidores externos. Aumentar as garantias para 30%, porém, limitaria a capacidade de alavancagem, de acordo com o jornal. O Bild também afirmou que o capital da EFSF fornecido por governos da União Europeia pode subir para 100 bilhões de euros, de 80 bilhões de euros, segundo fontes.

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