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A prévia da inflação do mês de abril teve uma alta de 0,43% de acordo com dados do IBGE divulgados na manhã desta sexta (25). Os alimentos foram novamente os vilões do IPCA-15, assim como já havia ocorrido em março, quando o índice chegou a 0,64%.
Segundo o órgão, a alta dos alimentos foi de 1,14%, a maior de todos os grupos pesquisados, puxada principalmente pelos preços do tomate (32,67%), do café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%).
A alimentação fora de casa também ficou mais cara no período, com uma aceleração de 0,77% maior do que em março (0,66%), com o lanche (1,23%) e a refeição (0,50%) pesando mais no bolso dos brasileiros.
Além dos alimentos, o grupo de saúde também pesou no IPCA-15 de abril por conta do reajuste do preço dos medicamentos de até 5,09% autorizado pelo governo no começo do mês. Os produtos farmacêuticos subiram, em média, 1,04%.
Também pesaram neste grupo os itens de higiene pessoal (1,51%) e os planos de saúde (0,57%).
Por outro lado, o grupo de transportes teve uma queda de 0,44%, com destaque para as passagens aéreas (-14,38%) e dos combustíveis (-0,38%). Entre eles, houve variação negativa nos preços do etanol (0,95%), do gás veicular (0,71%), do óleo diesel (0,64%) e da gasolina (0,29%).
Nos demais grupos pesquisados, os preços médios variaram para cima nos grupos de vestuário (0,76%), despesas pessoais (0,53%), comunicação (0,52%), artigos de residência (0,37%), habitação (0,09%) e educação (0,06%).
No acumulado do ano, o IPCA-15 acumula uma alta de 2,43%, e de 5,49% em 12 meses.
Para o economista Flávio Serrano, do Banco BMG, o IPCA-15 de abril ficou abaixo do esperado pelo mercado financeiro, de 0,46%, mas compatíveis com uma inflação anualizada próxima de 6% - acima do teto da meta de 4,5%.
“Analisando as medidas qualitativas do resultado divulgado hoje, continuamos a observar um cenário desafiador para o Banco Central. Os núcleos de inflação registraram alta de 0,48% e os serviços subjacentes, 0,55%, ambos próximos das nossas estimativas”, disse.
Ainda de acordo com ele, ainda se espera volatilidade do IPCA nos próximos meses por conta dos preços dos alimentos e de energia elétrica, que podem voltar a subir por conta do provável acionamento da bandeira amarela nos próximos meses.








