Rombo de R$51 bilhões
A Previdência Social terminou o ano de 2013 com um déficit de R$ 51,3 bilhões, o que representa uma alta de 14,8% sobre o rombo de 2012. No ano passado, a arrecadação previdenciária somou R$ 313,7 bilhões e a despesa, R$ 365 bilhões, em valores corrigidos. Entre os principais fatores que contribuíram para o aumento da despesa estão os reajustes dos benefícios, o aumento do número de beneficiários e, principalmente, o pagamento de passivos judiciais e revisões administrativas.
O Brasil tem de reformar seu sistema de Previdência Social o quanto antes, enquanto a população de jovens ainda é substancialmente maior que a de idosos. O alerta é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que lançou ontem o estudo "Melhores aposentadorias, melhores trabalhos em direção à cobertura universal na América Latina e no Caribe".
Apesar de reformas da década de 1990, a cobertura previdenciária na região continuou "pobre", afirma a instituição, que critica a existência de mecanismos que prejudicam a formalização e adesão de novos segurados, como salário mínimo muito alto em relação à renda média do país e a garantia de recebimento de auxílios na velhice sem exigência de contribuição para o regime.
Na avaliação do BID, os governos devem seguir o exemplo do Chile, onde todos os trabalhadores com renda, incluindo autônomos, são obrigados a contribuir. Conforme o banco, um regime de previdência adequado e sustentável é importante para evitar que os idosos sejam empurrados para a pobreza.
Riscos para o futuro
Segundo o estudo, no Brasil três em cada 20 pessoas com mais de 65 anos não tem aposentadoria e 40% dos trabalhadores não economizam para isso. O trabalho aponta também que a maioria dos aposentados brasileiros recebe, em média, US$ 20 ou menos por dia.
Para o futuro, o horizonte é sombrio. Conforme o estudo, até 2050 quadruplicará o número de pessoas com 65 anos ou mais. Mas, em 2050, somente sete em cada dez adultos em idade de se aposentar terão poupado para alcançar esse objetivo.
Hoje, para cada aposentado há dez trabalhadores potenciais. Em 2050 essa proporção cairá para um aposentado para cada três trabalhadores potenciais, ou seja, haverá menos gente apta a financiar o sistema previdenciário.
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