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Frente à previsão de geada forte em quase todo o estado para a madrugada de hoje, o Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura do estado falava ontem na possibilidade de quebra de safra, especialmente para o milho safrinha. A previsão inicial era colher 5,6 milhões de toneladas, mas 80% da área plantada está em estágio suscetível a perdas causadas pela geada.

"Dependendo da intensidade, ela pode congelar os grãos, matar a planta ou a espiga", explica a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi. "A quebra pode ocorrer se o frio intenso permanecer por mais um mês", concorda o assessor da Federação da Agricultura do estado (Faep), Nilson de Camargo.

O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) também emitiu alerta de geada esta semana, com destaque para produtores de café da Região Norte. "O grão até fica protegido entre as folhas, mas a queima da planta prejudicaria a safra do ano que vem", explica Margorete.

A recomendação é fazer o "chegamento de terra" (aproximação) no tronco dos cafeeiros com idade entre seis e 24 meses, com a retirada no fim de agosto. "As plantas novas devem ser protegidas com cobertura vegetal ou de plástico", explica a meteorologista do Simepar, Ângela Costa. Outra cultura que pode sofrer é a cana, com queda no teor de sacarose.

A geada prevista para esta madrugada preocupou produtores de hortaliças da região de Curitiba. "Nessa época as folhagens se tornam mais suscetíveis, assim como mudas recém-transplantadas", avisa o coordenador da Emater Iniberto Hamerschmitt.

Ele dá a dica para quem quiser proteger a plantação e economizar: o tecido não-tecido (TNT), semelhante a um pano, pode ser estendido diretamente sobre as plantas. Além de ser mais barato, ele evita o trabalho prévio exigido pelo "túnel" em que se estende o tradicional plástico.

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