A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revisou para baixo a projeção de demanda de energia para o país, refletindo a perspectiva de menor crescimento da economia brasileira. Baseado nas estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que cortou de 4,4% para 3,5% a previsão para o PIB entre 2015 e 2018, o órgão avalia que o consumo de energia no país será reduzido entre 1% e 2% no período. Com isso, deve cair também o custo da energia para as distribuidoras, informou a Aneel.
De acordo com os cálculos da agência reguladora, o custo da energia comercializada no mercado de curto prazo, o chamado Preço da Liquidação das Diferenças (PLD), deve ser reduzido em R$ 160 por megawatt/hora (MW/h). Com o corte, que já vale a partir da próxima semana, o PLD deve ficar em cerca de R$ 640. Na semana do dia 2 de agosto até ontem, o preço do MW/h fixado pela Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) estava em R$ 809,43.
Com a redução, as distribuidoras que compram a energia no mercado de curto prazo uma prática comum durante um ano com crise de abastecimento dos reservatórios terão necessidade de desembolsar menos recursos para comprar energia, apesar de terem conseguido a liberação do novo empréstimo para pagar suas contas.
Segundo Reive Barros, diretor da Aneel que relatou a matéria, a necessidade de investimentos na expansão (construção de usinas) também será menor nos próximos quatro anos.
Testes de carga
A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (Grande Curitiba), negou que esteja operando acima da capacidade permitida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), conforme mostrado ontem em reportagem da Gazeta do Povo. "A Repar não operou com carga superior à autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), considerando principalmente autorizações temporárias concedidas à Repar pela referida agência para efetuar testes de carga", diz a refinaria em nota.
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