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O primeiro trimestre de 2009 já apontou para uma melhora no cenário econômico do Brasil, bem diferente do que o país viveu no último trimestre do ano passado. Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, houve uma série de eventos no final do ano passado que não se repetiram agora.

"O final de 2009 combinou os efeitos da crise com os resultados de decisões tomadas anteriormente, como a alta do juros, ocorrida ainda no primeiro semestre de 2008 e ainda a necessidade das empresas de reduzir estoques e fazer demissões", observou Pochmann, que participou nesta sexta-feira(8), em Curitiba, de um debate sobre os desafios do Brasil diante da crise mundial.

Segundo ele, a crise financeira afetou de forma heterogênea as regiões do país. Os estados do Sul e do Sudeste foram os primeiros a sentir os danos da crise, com queda da produção industrial e piora no emprego, nos últimos meses de 2009.

As regiões Norte e Nordeste, disse Pochmann, tiveram no primeiro trimestre deste ano uma piora no mercado de trabalho e ficou mais difícil encontrar emprego. Segundo ele, essa dificuldade vem ocorrendo principalmente nos pequenos municípios que não são incluídos nas pesquisas nacionais.

Ele voltou a estimar que o Brasil não terá recessão neste ano. A expectativa do Ipea é que o Brasil tenha um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) estimado entre 1,5% e 2,5% , inclusive com maior taxa de crescimento no segundo semestre. O que preocupa, de acordo com ele, é que mesmo havendo crescimento, pode não ocorrer aumento de emprego.

"Nos últimos cinco anos, construimos uma trajetória com expansão da economia, melhora no mercado, redução da pobreza, redução da desigualdade de renda. A dúvida agora é se mesmo com crescimento econômico conseguiremos manter este ciclo."

Pochmann citou as medidas adotadas pelo governo, como a redução de juros, impostos, a ampliação do crédito, a elevação do salário mínimo, de programas de transferência de renda. Para ele, são medidas decisivas para que não seja interrompida positiva dos últimos.

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