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Preços não mudaram de uma temporada para a outra: começam a partir de R$ 180 a diária | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Preços não mudaram de uma temporada para a outra: começam a partir de R$ 180 a diária| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Orientações

Visitar o local e firmar um contrato são cuidados importantes

Corretores do litoral alertam para o golpe do imóvel invisível, bem comum nas praias do Paraná ultimamente: o turista vê um anúncio em um site qualquer, negocia com o suposto proprietário, faz o pagamento adiantado mas, quando chega ao litoral, percebe que o imóvel na verdade não existe.

O proprietário da Muraski Imóveis, Michael Cavalli, afirma que fotos dos seus imóveis foram divulgados por terceiros em sites como OLX e Bom Negócio. "Há um grupo que pega fotos do nosso site e anuncia com preços e oportunidades encantadoras", relata. Segundo ele, pelo menos duas pessoas ligaram para a imobiliária no mês de novembro afirmando terem caído no golpe.

Para fugir desta situação, a dica do Creci-PR é procurar uma imobiliária ou corretor credenciado e atuante no litoral paranaense, que tenha boa reputação (vale checar se há queixas não resolvidas no Procon), ofereça uma visita prévia ao local e que siga o trâmite correto, de firmar um contrato de curto período.

No documento, são estipuladas datas de entrada e saída, descrição do imóvel, o que ele contém em termos de mobiliário, eletrodomésticos e outras facilidades e quais as consequências por possíveis danos. Se o inquilino, por exemplo, quebrar uma pia ou até mesmo uma televisão, é ele que precisa arcar com o prejuízo. Já se o botijão de gás acabou ou o chuveiro queimou, é obrigação do locador restituí-los no período em que o locatário estiver na residência, diz o proprietário da Objetiva Imóveis, Denildo dos Santos. "Tudo depende de conversa prévia entre locador [representado pela imobiliária] e locatário", conta.

A procura por imóveis para alugar no litoral do Paraná teve um crescimento fraco neste ano. A alta é apenas 7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR). A entidade afirma que o crescimento poderia ser maior se não fosse, principalmente, um "fenômeno": enquanto há aumento de turistas da classe C, principalmente de famílias que buscam descanso, há uma fuga do jovem da classe A/B, que está mais interessado em diversão.

Para o delegado regional do Creci-PR no litoral do estado, Valdemar Salvador Marques, o turista com mais dinheiro trocou as praias paranaenses pelas vizinhas de Santa Catarina. "Aqui nós não conseguimos dar uma boa boate. Só tem uma balada, mas que mesmo assim não supre o desejo de diversão. Também não há shopping atrativo e nem um cinema", relata.

O delegado distrital do Creci-PR em Pontal do Paraná, Luiz Carlos Mansur, cita também outros entraves. "O trânsito intenso visto nas estradas e o tempo imprevisível também são nossos adversários", relata. Segundo ele, além da procura fraca, o município sofre neste verão com um excesso de casas, pousadas e apartamentos que foram construídos para os funcionários das plataformas que a multinacional italiana Techint estava construindo para a OSX. Com a recuperação judicial da empresa de Eike Batista, a obra foi interrompida e centenas foram demitidos. "Erguemos aposentos para 2 mil empregados. Por causa da crise na empresa, só restam 50. A gente ficou no prejuízo."

Queda expressiva

Em Guaratuba a procura também foi baixa. A busca caiu 30% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O trânsito nas estradas que levam às praias também foi apontado como motivo de fuga dos turistas "As pessoas não estão mais aguentando o congestionamento das rodovias e, por isso, estão buscando outros destinos", diz Carlos Pereira Ramos, delegado distrital do Conselho no município. A falta de uma ponte e as constantes filas para o ferry boat também prejudicam o veraneio em Guaratuba.

Preços

As diárias no litoral do Paraná dependem do imóvel e da localização, mas não tiveram alterações na comparação com o ano passado. Em Pontal, Matinhos e Caiobá o preço de um apartamento de um quarto varia de R$ 180 a R$ 250 o dia; o de dois quartos, de R$ 250 até R$ 350; já o aluguel das casas e das coberturas começam a partir de R$ 500.

Em Guaratuba, a diária de um apartamento com 2 ou 3 quartos ou de uma casa varia de R$ 350 a R$ 700. Os imóveis mais buscados são os da praia central. A diária no local varia de R$ 400 a R$ 800. "É o filé mignon da praia, então as pessoas aproveitam", relata Ramos.

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