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Ainda que a tônica dos discursos na abertura da Feira de Móveis do Paraná (Movelpar 2009), ontem, tenha minimizado a crise mundial com o objetivo de incitar a realização de novos negócios, a portas fechadas os executivos do setor mostram números de alerta. A produção moveleira nacional caiu 1,3% em relação a 2007, reflexo de queda brusca principalmente no último trimestre do ano – o resultado mais negativo foi em dezembro, que apresentou queda de 16%.

O número de empregos também caiu na casa de 12% no ano. Dados mais recentes, de janeiro, mostram ainda as exportações caindo 27,4% em relação ao mesmo mês de 2008 – reflexo da quebra no consumo e das barreiras protecionistas dos principais mercados consumidores, Estados Unidos e Argentina.

Com esse panorama, a perspectiva dos representantes do setor para este ano ainda é de crescimento no faturamento entre 3% e 5%, e incremento nas exportações em pelo menos 3% – mas alguns admitem que apenas melhorar o resultado de 2008 já é satisfatório. "O nosso setor estava crescendo com boas passadas, até o estouro da crise", diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), José Luiz Fernandes. "Com esse baque, o panorama que estamos vendo é que o primeiro semestre será marcado pela avaliação do mercado e postergação de investimentos, e a retomada só será efetivamente dada no segundo semestre", diz.

Faturamento

Porém, com o investimento em tecnologia e o ganho de espaço frente ao mercado chinês, o faturamento anual cresceu cerca de 23% no último ano, passando de R$ 22 bilhões para R$ 27 bilhões ao fim de 2008 – ou seja, apesar da retração na produção, as vendas no varejo cresceram 15%. A explicação, segundo Fernandes, passa pelo retorno ao mercado interno e também pelo esvaziamento dos estoques provocado pela crise. Para hoje está prevista, com otimismo, uma rodada de negócios com importadores de 15 países.

O repórter viajou a convite da organização da Movelpar.

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