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O mês de junho foi o melhor do semestre em nível de produção da indústria automobilística nacional. Ao todo foram fabricados 283.9 mil veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) em junho, contra 261.8 mil em maio deste ano. O aumento é de 8,4% no período. Entretanto, em relação a junho de 2008 a queda é de 8,2%, já que na época foram produzidas 309.2 mil unidades. No acumulado de 2009, de janeiro a junho, a produção caiu 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado: de 1.69 milhão de unidades para 1.46 milhão. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Apesar do recorde de vendas em junho e no primeiro semestre - que atingiu no mês passado 300.2 mil unidades e no fechamento do semestre 1.45 milhão de unidades - as montadoras no país sofrem com a queda nas exportações observadas desde o início da crise no ano passado. Em unidades, as vendas para outros países subiram 0,1% em junho em relação a maio, com 38.503 unidades. No entanto, ao comparar o primeiro semestre deste ano com o de 2008, as exportações mostram forte queda de 47,8%. Ao todo foram vendidas no mercado externo 199.052 unidades neste período, contra 381.222 em igual período do ano passado.

Já as exportações em valores demonstram resultado ainda pior. Apesar do mês do junho ter apresentado leve recuperação de 1,5% em relação a maio, com US$ 610.008 milhões, de janeiro a junho deste ano os valores exportados já registram queda de 51,1%. Segundo a Anfavea, no mesmo período do ano passado foram exportados US$ 6.9 bilhões, contra US$ 3.37 bilhões em 2009.

"As exportações continuam a ser o grande desafio da indústria, com visão de solução em médio e longo prazo. É muito representativo o que caiu nas vendas externas", afirma o presidente da Anfavea, Jackson Schneider. Segundo ele, as montadoras deixaram de vender mais de 100 mil veículos.

De acordo com Schneider, os principais compradores de veículos do Brasil que tiveram o mercado reduzido foram Argentina (-49,5%), México (-38,4%), União Europeia (-35,1%), Grupo Andino (-48%) e Chile (-76,6%).

Caminhões

O segmento que mais sofre com a crise é o de caminhões. Segundo os dados da Anfavea, apesar das vendas de veículos comerciais terem crescido 2% em junho sobre maio, subindo de 9.479 unidades para 9.667 unidades, no acumulado de 2009 a queda é de 32,4%. Ao todo foram neste ano 53.580 unidades contra 79.255 em 2008. Os modelos que mais sofrem com a redução da demanda são os de caminhões pesados e semileves que registram queda, respectivamente, de 51,9% e 47,4%. Por outro lado os caminhões leves e médios apresentaram recuperação nas vendas em junho, de 8,9% e 19,2 %, respectivamente.

Automóveis e Comerciais Leves

A prorrogação do desconto do IPI estimulou a antecipação de vendas em junho e fez com que a produção subisse 8,6% no mês. Ao todo as montadoras fabricaram 271.044 carros. Embora o resultado tenho sido superior a maio, em relação a junho do ano passado representou uma queda de 6,5 %, quando foram vendidas 289.863 unidades. No acumulado do primeiro semestre a queda é ainda maior: 12,4%. Ao todo foram fabricadas neste ano 1.393.786 unidades de automóveis e comerciais leves. No mesmo período do ano passado saíram das linhas de montagem 1.590.643 unidades.

Emprego

O nível de emprego na indústria automobilística nacional teve leve queda de 0,7% em junho da comparação com maio. As montadoras empregam hoje diretamente 119.511 pessoas. Em junho do ano passado o nível era 5,6% maior, com 126.542 funcionários contratados.

Estoques

De acordo com Schneider, o nível dos estoques é baixo, entretanto, satisfatório. Segundo ele, concessionárias e montadoras possuem volume de veículos correspondente a 18 dias de vendas. "É um estoque ideal. Em maio tínhamos 26 dias de estoque, com a antecipação das vendas o volume caiu, mas deverá ser ajustado nos próximos dias."

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