Vendas
Receita do setor diminui 0,55% no mês
As vendas industriais do Paraná caíram 0,55% de setembro para outubro, reforçando o cenário negativo indicado pela pesquisa do IBGE. Segundo a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), a oscilação é atípica para esta época do ano, "quando normalmente o segmento apresenta o maior índice de produção no ano". "Em geral, outubro apresenta crescimento frente a setembro", afirma o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt. Desta vez, explica o economista, houve queda em 10 dos 18 ramos industriais avaliados.
A redução atingiu duas das três categorias com maior peso nas vendas do estado. O faturamento do segmento de produtos alimentícios e bebidas recuou 1,77%, devido à menor demanda, e a receita das montadoras de veículos caiu 5,54%, por causa do menor número de dias trabalhados no mês.
Da Redação
Depois de avançar 4,6% em setembro, a produção da indústria do Paraná despencou 7,6% em outubro. Foi a quarta queda nos últimos cinco meses, e a mais forte de todas as 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, a atividade industrial paranaense recuou 2,8% na comparação com outubro de 2009.
A pesquisa do IBGE, divulgada ontem, não detalhou os motivos da retração; o instituto destacou, no entanto, que em todo o país há evidências de uma desaceleração na produção.
Fernando de Lima, pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), explicou que no Paraná a desaceleração ocorre principalmente em bens intermediários de segmentos como petróleo e álcool e borrachas e plásticos, entre outros , como resultado da menor expansão da demanda interna. "Bens de capital [máquinas de uso industrial] e, principalmente, bens de consumo continuam com a produção em alta, ainda estimulados pelo crescimento do crédito e da massa salarial", disse Lima, em nota.
Apesar dos maus resultados dos últimos meses, o desempenho vigoroso do primeiro semestre ainda garante ao Paraná uma alta de 15,8% na produção no acumulado de janeiro a outubro de 2010, na comparação com 2009 o quinto maior índice do país.
Ao comentar os números dos estados que crescem acima da média nacional em 2010 (no Brasil, a indústria acumula avanço de 11,8%), o IBGE afirma que "nesses locais observa-se o maior dinamismo da produção da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), de setores produtores de eletroeletrônicos (eletrodomésticos "linha branca" e "linha marrom") e de máquinas e equipamentos".
Brasil
A produção industrial cresceu em apenas quatro dos 14 locais analisados em outubro. Na média nacional, a indústria apresentou aumento de 0,4% na mesma base de comparação. As principais expansões no mês foram verificadas na Bahia (5,4%) e no Espírito Santo (3,8%). Os outros resultados positivos foram observados no Rio de Janeiro (0,7%) e em Minas Gerais (0,1%), enquanto Santa Catarina teve desempenho estável. Além do Paraná, as maiores quedas foram registradas no Ceará (-5,9%), em Goiás (-4,5%) e no Amazonas (-3,3%). São Paulo, o estado com maior peso na produção teve queda de 0,5% nesta base de comparação.
Avaliação
Ao avaliar os dados do IBGE, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) afirmou que, nos cinco estados onde a produção aumentou em outubro, "há presença marcante de setores ligados à produção de commodities ou estatais". "O que se observa é que a produção da indústria brasileira, desde o início do segundo trimestre deste ano, vem apresentando resultados mensais negativos ou muito fracos. A consequência disso é que, no acumulado de abril a outubro, ela registra retração de 1,4%." No Paraná, o recuo nesse mesmo período chega a 16,5%.
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