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Dez dos 14 locais que têm a produção industrial acompanhada pelo IBGE registraram queda nos índices em junho em relação ao mês anterior. Amazonas (-5,4%) e Paraná (-4,3%) tiveram as reduções mais acentuadas, segundo informou o instituto nesta quarta-feira. São Paulo (-2,3%), área industrial de maior peso no país, registrou taxa abaixo da média nacional. O IBGE já havia anunciado nos últimos dias que a produção industrial brasileira, na média, recuou 1,7% em junho.

Espírito Santo (5,1%), Pernambuco (2,2%), Ceará (0,9%) e Pará (0,2%) são os locais que apresentam crescimento na passagem de maio para junho. No acumulado do semestre, dez locais pesquisados apresentaram acréscimo na produção, com destaque para Pará (13,5%), Ceará (7,2%) e Bahia (5,5%). Também ficaram acima da média nacional: Pernambuco e Espírito Santo (ambos com 4,7%), Minas Gerais (4,6%), São Paulo (3,4%), Rio de Janeiro (3,3%) e região Nordeste (3,1%).

O desempenho favorável desses locais pode ser explicado pelo dinamismo das exportações (minério de ferro, produtos siderúrgicos, petróleo, celulose e açúcar) e a presença importante de atividades produtoras de bens de consumo (duráveis e de semi e não duráveis).

Na média nacional, a produção industrial acumulou 2,6% no primeiro semestre. O resultado reflete uma forte desaceleração no ritmo produtivo entre o primeiro (4,6%) e segundo trimestres (0,8%). Amazonas lidera essa perda de dinamismo, ao passar de um crescimento de 9,3% no período janeiro-março para uma queda de 12,1% no segundo trimestre, devido principalmente ao recuo de material e eletrônico e equipamentos de comunicações (de 14,1% para -22,4%). Este setor, de maior peso na estrutura industrial, foi fortemente impactado pela redução no ritmo das vendas de telefones celulares para o mercado externo, diz o IBGE.

No Rio, o resultado de 0,8% em relação a junho de 2005 está apoiado no desempenho favorável da indústria de transformação (3,1%), uma vez que a indústria extrativa mostrou forte desaceleração (-8,3%). Esta atividade, influenciada por paralisações técnicas para manutenção em plataformas, interrompeu uma seqüência de quinze meses com resultados positivos, e exerceu a principal contribuição negativa no índice geral.

Já em São Paulo, o aumento de 0,5% em junho na comparação com o mesmo mês de 2005 foi influenciado pelos setores de alimentos (10,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (8,2%).

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