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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Depois de uma leve melhora em setembro, a produção da indústria do Paraná voltou a registrar um tombo em outubro. O setor teve um recuo de 14,3% na comparação com outubro de 2014 e uma queda de 5,7% na passagem de setembro para outubro.

INFOGRÁFICO: Veja a evolução da produção industrial no Paraná nos últimos 12 meses.

O estado teve o terceiro pior resultado entre os 14 locais pesquisados pelo IBGE na comparação anual, ficando atrás apenas de Amazonas (-20,6%) e Rio Grande do Sul (-16,6%). Neste ano, até outubro, a indústria paranaense já acumulou uma retração de 8,5%, acima da média nacional de 7,8%. Esse recuo é maior do que o acumulado em 12 meses (7,5% no Paraná e 7,2% no país), o que indica uma aceleração no processo de encolhimento do setor.

A retração em outubro no Paraná foi disseminada, atingindo 12 das 13 atividades pesquisadas. Segundo o IBGE, a maior influência foi exercida pelo setor de veículos (-36,7%), em grande parte pressionado pela queda no segmento de caminhões. Houve queda também nos segmentos de produtos alimentícios (-9,8%), de máquinas e equipamentos (-25,3%), de móveis (-33,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-24,4%), de coque, produtos derivados do petróleo (-3,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-16,6%), de produtos de madeira (-12,6%) e de produtos de borracha e de material plástico (-15,2%).

País

A redução de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de setembro para outubro foi verificada em dez dos 14 locais pesquisados, com recuos mais intensos registrados por Pará (-6,0%), Paraná (-5,7%) e Espírito Santo (-5,1%). Em São Paulo, parque industrial mais diversificado do país, a queda na produção foi de 0,4%, abaixo da média nacional (-0,7%) no período.

No Amazonas (-4,9%), outubro foi o quinto mês consecutivo de queda, acumulando perda de 10,8% no período. Goiás (-2,2%), Rio de Janeiro (-0,9%) e Rio Grande do Sul (-0,8%) também assinalaram recuos mais intensos do que a média nacional, enquanto a Região Nordeste (-0,5%), e Minas Gerais (-0,1%) completaram o conjunto de locais com índices negativos.

Por outro lado, Bahia (2,2%) e Ceará (0,9%) mostraram os avanços mais elevados em outubro ante setembro. Os demais resultados positivos foram registrados por Pernambuco (0,3%) e Santa Catarina (0,2%).

Comparação anual

A produção industrial no Estado de São Paulo recuou 12,9% em outubro ante igual mês de 2014. O recuo mais intenso foi registrado por Amazonas (-20,6%). Rio Grande do Sul (-16,6%) e Paraná (-14,3%), além de São Paulo, também apontaram resultados negativos mais acentuados do que a média nacional.

Santa Catarina (-11,1%), Rio de Janeiro (-11,1%), Ceará (-9,3%), Bahia (-8,9%), Goiás (-7,8%), Minas Gerais (-7,7%), Região Nordeste (-6,4%), Espírito Santo (-5,2%) e Pernambuco (-4,2%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas em outubro ante igual mês de 2014.

Por outro lado, Mato Grosso (4,6%) e Pará (3,5%) assinalaram os avanços nesse mês. O IBGE atenta que outubro de 2015 teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano passado, o que pode ter afetado os resultados em alguma magnitude.

Vendas industriais

A pesquisa conjuntural da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), nos últimos anos, aponta outubro como um mês de elevado nível de vendas na indústria de transformação paranaense. Contrariando a tendência, este outubro teve uma redução de -2,36% em relação a setembro. Os resultados acumulados nos primeiros dez meses deste ano em relação ao mesmo período de 2014 mostram retração de 7,19%. As compras de insumos também apresentaram declínio (-4,12%) em relação ao mês anterior acumulando no ano -11,88% de redução. O nível de emprego caiu (-0,24%) e as horas trabalhadas também (-0,08%), acumulando redução de -4,99% e de -3,73% respectivamente. O nível de utilização da capacidade instalada permaneceu em 73% e está agora três pontos percentuais abaixo do registrado em outubro de 2014.

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