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Negociação

Situação grega dentro do euro será definida em três meses

Atenas - Vasilis Rapanos, presidente do National Bank, a maior instituição financeira da Grécia, afirmou que o futuro do país na zona do euro será determinado nos próximos três meses e pediu que políticos apoiem os esforços do governo para manter o país no bloco. "Eu espero que nosso sistema político entenda quão cruciais são esses momentos", disse Rapanos, que também dirige o Instituto Helênico Bancário. Os políticos deveriam "deixar de lado os interesses dos partidos e as ambições pessoais e apoiar o governo nesse grande esforço que está sendo feito para salvar o país", declarou.

A Grécia está atualmente negociando com credores do setor privado um plano de redução da dívida que pretende diminuir o valor nominal dos bônus mantidos por essas instituições em 50%, o que cortaria em 100 bilhões de euros a dívida do país. O plano, que deve ser concluído no começo deste ano, é importante para o segundo pacote de resgate oferecido pelos países europeus e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para o país.

Representantes dos credores da Grécia, da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI deverão se reunir em Atenas em meados de janeiro para iniciar negociações com o governo grego sobre uma assistência financeira de 130 bilhões de euros. (Agência Estado)

Grécia, Itália e Espanha foram os maiores "culpados" pelo quinto mês consecutivo de queda na produção industrial na zona do euro, conforme revelou ontem sondagem do instituto Markit. A pesquisa é elaborada a partir de consultas a 3 mil empresas manufatureiras distribuídas entre as oito economias mais representativas do bloco. Pela metodologia desse levantamento, qualquer resultado abaixo de 50 pontos significa que o nível de atividade do setor sofreu contração.

A leitura de dezembro (46,9) mostrou uma recuperação muito modesta em relação ao desastre de novembro (46,4), o mais baixo em 29 meses, mas foi saudada pelos mercados, onde investidores projetavam um desempenho ainda pior. As bolsas de valores subiram em Paris (2%) e Frankfurt (3%).

Mais uma vez, a fraca demanda, tanto doméstica quanto externa, deprimiu o resultado geral da pesquisa. "A sondagem também sugere uma forte probabilidade de mais quedas no primeiro trimestre do novo ano, com produtores reduzindo contratações, estoques e compras", disse Chris Williamson, economista-chefe do instituto Markit.

Os piores resultados foram vistos entre as empresas gregas (leitura de 42 pontos), espanholas (43,7) e italianas (44,3), enquanto as companhias na Alemanha (48,4), França (48,9) e Áustria (49) tiveram as melhores leituras.

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