• Carregando...

Apesar dos argumentos dos produtores autuados pelo Ministério da Agricultura – de que não há sementes legais adaptadas a todas as regiões e de que a semente sem registro rende mais –, as organizações da agricultura defendem o uso exclusivo de grãos registrados. A Organização das Cooperativas (Ocepar) e a Federação da Agricultura (Faep) argumentam que a pirataria atrasa as pesquisas de novas variedades e coloca a própria agricultura em risco, uma vez que as sementes de origem incerta podem carregar doenças.

Quando compra a semente registrada, o produtor ajuda a indústria de sementes a se desenvolver, considera o engenheiro agrônomo e assessor da Ocepar Robson Mafioletti. Ele observa que o uso de produto pirata deixa o agricultor sem ter a quem reclamar caso a semente não germine.

O uso de variedades ilegais supostamente mais produtivas reduz os recursos destinados ao desenvolvimento de grãos similares pelas instituições de pesquisa, afirma o engenheiro agrônomo e assessor da Faep Silvio Krinski. "Embrapa e Coodetec dependem do incentivo do produtor", frisa.

Segundo Krinski, os grãos produzidos com semente pirata não enfrentam restrições no mercado, nem para exportação. "O rastreamento tem sido rigoroso só em relação a alguns nichos, como o dos produtos orgânicos." Ele observa, no entanto, que a cobrança sobre os registros de origem é uma tendência mundial.

A Faep realiza uma campanha para orientar o produtor a agir dentro da legalidade. Informações sobre como proceder ao reservar grãos de uma safra para plantar na seguinte podem ser acessadas no site da Federação: www.faep.com.br. O procedimento pode ser repetido, independente de quando o produtor comprou a semente original, mas precisa ser comunicado ao Ministério da Agricultura anualmente. (JR)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]