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A primeira quinzena de maio confirmou as previsões de desaquecimento no mercado automotivo após o retorno do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nos carros zero quilômetro. Depois de um março eufórico e de um abril decadente por conta da volta do tributo, o início de maio registrou queda de 32% nas vendas de automóveis novos no Brasil. No Paraná, o balanço quinzenal ainda não foi concluído, mas as vendas em abril foram 15% inferiores a março. Para atrair a clientela, muitas concessionárias estão reforçando as promoções a fim de diminuir a sensação de prejuízo do consumidor.

O gerente de vendas Erickson Loderer, de Ponta Grossa, conta que a loja em que trabalha está oferecendo desconto de 50% nas 12 primeiras parcelas do automóvel novo, bancando o IPVA e ainda iniciando o financiamento apenas em agosto. "Nós não fazemos o balanço por quinzena, mas sim no histórico dos últimos 12 meses. Estamos sentindo que o movimento está na média", comenta. Segundo ele, as promoções, que são renovadas a cada semana, têm surtido efeito.

Essencial

Para o diretor de relações institucionais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ademar Cantero, o crédito tem um papel fundamental no aquecimento das vendas do mercado interno, já que entre 60% e 70% da comercialização de automóveis zero envolve financiamentos. Como o mercado é muito competitivo, é natural que as promoções sejam um diferencial para a tomada de decisões do consumidor. "O mercado brasileiro tem mais de 40 marcas de veículos entre nacionais e importadas. A competição é muito acirrada e o pessoal investe mesmo em promoção. Isso é muito bom para o consumidor", analisa Cantero.

Quinzena

Os números da Fenabrave mostram que somando os comerciais, leves, caminhões e ônibus, o Brasil vendeu 115,7 mil veículos na primeira quinzena de maio, ou seja, 27% menos que no mesmo período de abril. A Anfavea prevê um crescimento de 8% no ano. Em 2009 foram vendidas 3,1 milhões de unidades.

Os representantes do setor são unânimes em afirmar que as vendas não retomarão o patamar de março, último mês do IPI zerado para carros 1.0 e reduzido à metade para modelos até 2.0. A política de redução foi adotada pelo governo federal para evitar prejuízo no setor em decorrência da crise econômica mundial de 2008.

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