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Prestes a levantar seu primeiro voo, a Sol Linhas Aéreas, empresa paranaense e mais nova companhia de transporte regional do país, está investindo R$ 900 mil na construção de hangar, asfaltamento de vias de acesso e instalação de escritório no aeroporto de Cascavel. A expectativa é de que tudo esteja concluído até o fim de janeiro, quando a Sol começa a operar com cinco voos diários na rota Curitiba-Cascavel-Foz do Iguaçu. A questão da infraestrutura aeroportuária é a principal preocupação do presidente da Sol, o empresário Marcos Solano Vale (foto), que nas últimas semanas de 2008 esteve reunido com os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e do Turismo, Luiz Barreto, para apresentar propostas. Solano conversou com o repórter Alexandre Costa Nascimento sobre os desafios da nova empresa.

O que falta para a aviação regional brasileira decolar?

É preciso acabar com a ideia de que aviação é coisa de ricos e privilegiados. Aviação é antes de tudo integração, ajuda a criar negócios, desenvolver o turismo e a economia. A política para a aviação precisa levar isso em consideração.

Que propostas foram apresentadas aos ministros?

A principal reivindicação do setor é um estímulo às pequenas empresas com a desoneração fiscal e do combustível. A aviação de grande porte consegue diluir os custos fixos entre 120 passageiros por voo em média, já uma empresa regional transporta 10 ou 12 passageiros, mas os gastos com combustível e o salário dos pilotos são os mesmos. Para as empresas que operam com menos de 30 lugares fica impossível diluir os custos fixos. Prova disso é que, no último ano, quatro empresas de aviação regional fecharam as portas.

Qual a principal demanda do setor?

É preciso investir com certa urgência na infraestrutura aeroportuária. O governo e a Anac vêm trabalhando muito nos últimos cinco anos mas, mesmo assim, a situação está chegando ao limite. A seguradora, por exemplo, não aceita que um avião desça em qualquer lugar e no Paraná temos cidades importantes com aeroportos sem a mínima condição de operar regularmente.

No curto prazo, o que pode ser feito?

Queremos voar para todas as cidades do estado, mas existe a falta de aeroportos comerciais em municípios de médio porte. Temos um déficit de mais de 200 cidades que atualmente não podem ser atendidas pela aviação no Paraná. Para superar isso é preciso que os aeroportos que suportam aviação particular sejam liberados para operação de companhias de aviação regional.

Qual o "plano de voo" da Sol?

A Sol vai estrear operando a rota Curitiba-Cascavel-Foz do Iguaçu com uma aeronave turboélice L410 com capacidade para 19 pessoas. No decorrer do ano mais três aeronaves do mesmo modelo serão incorporadas à frota, quando estenderemos o atendimento a outras cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraguai.

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