Na véspera do íncício da reunião de cúpula do Mercosul, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota, nesta quarta-feira, criticando a proposta brasileira de adotar medidas que facilitem as exportações do Uruguai e do Paraguai no bloco econômico. A proposta estaria entre as principais medidas a serem anunciadas no encontro que será realizado nesta quinta e sexta-feira no Rio.
A proposta defendida pelo Brasil no Bloco prevê a redução do conteúdo nacional para bens do Uruguai e Paraguai vendidos dentro bloco e a eliminação do imposto de importação cobrado de produtos estrangeiros que entrem no Mercosul via sócios menores.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, a CNI alerta que o setor privado brasileiro não foi consultado sobre possíveis impactos das medidas nas empresas nacionais e afirma que a criação de eventuais facilidades para os dois parceiros representará um retrocesso na consolidação do bloco econômico.
Segundo a CNI, com um índice menor de participação de insumos regionais no produto de exportação do que o vigente nas regras atuais do Mercosul, esses dois países poderiam ampliar suas exportações ao Brasil e à Argentina. A insituição acrescenta que, com a medida, a união aduaneira do bloco será "ainda mais imperfeita".
A proposta brasileira também encontra resistência entre os representantes da Argentina, que participaram das de reuniões técnicas que antecederam o encontro de chefes de estado. O secretário de Relações Econômicas Internacionais do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Alfredo Chiaradia, disse em entrevista ao jornal "Valor Econômico", publicado nesta quarta-feira, que há elementos na proposta que podem estar em contradição com o objetivo do Mercosul de aumentar a integração produtiva entre seus membros.
O receio da Argentina, na verdade, é que produtos importados de terceiros países sejam apenas montados no Uruguai e Paraguai e reexportados para os outros países do bloco sem pagar imposto.
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