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Crutiba – Planos para a inovação tecnológica não costumam entrar nas promessas dos candidatos a cargos eletivos no Brasil, infelizmente. Mesmo com todo o discurso em torno da necessidade da inclusão digital e dos benefícios trazidos pelo governo eletrônico, a Tecnologia da Informação (TI) ainda é vista pelos marqueteiros políticos como um tema árido demais para atrair eleitores. Para suprir essa lacuna, a regional paranaense da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro-PR) fez uma pesquisa com os candidatos ao governo do estado para saber de suas propostas na área. O levantamento completo pode ser conferido no site www.assespropr.org.br. Abaixo, um resumo:

O candidato contempla no seu plano de governo uma política de TI para os empresários e para os usuários dos setores privado e público?

Flávio Arns: Precisamos ampliar a disponibilidade dos dados à população e melhorar a interface do portal do governo do estado. A sociedade precisa do acesso às novas tecnologias e os empreendedores precisam de incentivo e linhas de crédito para viabilizar seus negócios e gerar novos empregos e renda.

Osmar Dias: Objetivamos criar uma grande infovia, integrando todos os setores dos governos estadual e municipal, que seja disponível a todas as empresas e cidadãos. Também temos o objetivo de tornar os paranaenses os brasileiros com maior acesso a informática e comunicação.

Roberto Requião: Estão previstos expansão de incubadoras de empresas, parques tecnológicos e arranjos produtivos locais, programa de inovação tecnológico para pequenas e médias empresas e implantação de laboratórios de informática em escolas.

Rubens Bueno: A TI está no centro de nossa política de governo. É a ferramenta indispensável para uma boa e moderna gestão, que visa a eficácia de resultados para o cidadão. Criaremos uma série de mecanismos de indução e fomento do uso de TI no Paraná.

O candidato tem um plano e programa de trabalho definido para a implantação de governo eletrônico (e-gov)?

Arns: Pretendemos que a Celepar, a nossa empresa estadual de informática, seja ligada diretamente à governadoria. Outro fator importante diz respeito aos padrões e a integração entre os sistemas estaduais e municipais com os sistemas federais.

Requião: O plano de governo contempla pregão eletrônico para garantir a realização de todos os processos licitatórios através através da internet. Integração de todas as unidades administrativas e operacionais do estado por meio de fibras ópticas da Copel com a implantação de sistemas de gestão online.

Bueno: Nosso governo dará forte ênfase na criação de um moderno modelo de governo eletrônico.

Qual será a política em relação a software livre versus software proprietário?

Arns: O que muda em relação ao software livre é a possibilidade de podermos investir em desenvolvedores, programadores e inteligência própria. O Brasil gastou em 2005 mais de US$ 8 bilhões em pagamento de royalties, dos quais mais de 50% foram pagos pelo poder público e que poderiam ser investidos dentro do próprio país.

Dias: Será o da livre concorrência, primando pela qualidade, porém estimulando e incentivando o uso e aplicações em software livre com objetivo de redução de custos.

Requião: Concluir o processo de adoção de software não-proprietário em todas instituições do poder executivo.

Bueno: O software livre será adotado naquelas soluções em que se mostrar técnica e economicamente mais viável. Não podemos correr o risco de uma aventura de mudar só por mudar, para afrontar empresas detentoras de softwares.

Existe plano de incentivos para investimentos em treinamento e pesquisa com redução de impostos ou financiamentos?

Arns: O Paraná possui um grande número de faculdades e universidades públicas e privadas com capacidade para pesquisa e treinamento profissional. Precisamos integrar estas instituições. Além disso, o Paraná usa pouco os mecanismos federais de financiamento.

Requião: As metas do plano de governo são de manter os níveis de investimento do Fundo Paraná, com base para a inovação e desenvolvimento tecnológico.

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