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A operadora Oi, que atua nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, segue uma estratégia distinta das outras empresas. A empresa adotou como prática vender apenas celulares desbloqueados e fazer o serviço de desbloqueio sem custos para clientes de qualquer operadora. No início do ano, a Oi chegou a veicular propagandas que defendiam o fim do bloqueio de aparelhos celulares. "Resolvemos focar na venda de serviços, e não de aparelhos. Além disso, não é vantajoso para o consumidor ficar preso a um contrato por tanto tempo. O subsídio oferecido ao cliente muitas vezes não compensa", afirma a diretora de comunicação da empresa, Flávia da Justa.

A postura da operadora rendeu uma briga judicial entre a Oi e a Claro. Em junho, a Oi foi obrigada a interromper a veiculação das propagandas a favor do desbloqueio, além de retirar do ar o site "Bloqueio Não", que continha um abaixo-assinado pelo fim da prática – a proibição veio por liminar obtida pela operadora Claro.

A assessoria de imprensa da Claro divulgou nota dizendo que a Justiça entendeu que a Claro "atua respeitando a legislação brasileira, ao contrário do que ocorre com a Oi". A diretora de comunicação da Oi, Flávia da Justa, esclarece que a liminar não foi diretamente contra a empresa, e sim contra a veiculação de propagandas que defendessem o fim do bloqueio dos aparelhos. "Considero a liminar estranha para a atualidade, já que não permite abordar um determinado assunto", comenta Flávia. A prática de desbloquear celulares sem custos é considerada legal pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Para o presidente da consultoria em telecomunicações Teleco, Eduardo Tude, são questões comerciais que estão no centro da briga entre Claro e Oi. "A maior parte das operadoras que operam no país consegue comprar e vender celulares mais baratos porque o volume mundial é grande. Já a Oi, como não tem um grupo mundial, teria de dar um desconto muito alto se fosse subsidiar a fidelização como as outras. Então, eles adotaram outra estratégia de marketing na tentativa de conseguir mais clientes", explica Tude. "É uma briga de mercado, cada um com suas armas." (IR e EHC)

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