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"Estamos em um período revolucionário e não evolucionário. Por isso, precisamos de uma enorme capacidade de adaptação e inovação." A frase, do mentor de estratégia do Grupo Newcomm, Walter Longo, mostra um dos dilemas que os profissionais de marketing enfrentam hoje. Um dos palestrantes do 3.º Fórum de Marketing de Curitiba, ele acredita que a publicidade precisa voltar a trazer informação ao consumidor, para ajudá-lo na hora da compra, como era antigamente. O evento, realizado pelo Centro Universitário Positivo (Unicenp), com promoção da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), começou ontem e continua hoje, com mais seis palestras.Para Longo, não é possível mais pensar em dimensões fixas na propaganda. "Sumiu a página dupla, os 30 segundos, o 10x10 [cm, em anúncio impresso]. Não há mais limites de espaço no mundo digital." Por causa desse fenômeno, a saída é investir em inovação, ou "fazer diferente o que todo mundo faz igual", diz o especialista em mídia. "Nos Estados Unidos, a [rede de televisão] CBS está fazendo propaganda em ovos."

Estratégia

O diretor de marketing da multinacional General Mills, Marcos Scaldelai, mostrou em sua palestra ontem como conseguiu aumentar as vendas do sorvete Häagen Dazs em 450% desde 2005. "Tínhamos como público-alvo somente a classe A. Mas decidimos mudar o direcionamento e ampliar nossos pontos-de-venda para atingir também a B." Antes, o sorvete era encontrado em 300 locais, agora está em 1,3 mil. Outra estratégia foi mostrar que ele não é para refrescar, mas sim, uma sobremesa. Assim, foi possível fazer neste ano uma campanha de inverno. "Nos surpreendemos com o crescimento de 50% nas vendas." De acordo com ele, a empresa tem planos de construir uma fábrica na América Latina em três anos, caso a demanda seja suficiente – e o Brasil tem chances de recebê-la. "Existem estudos para avaliar a matéria-prima, pois o processo de fabricação é muito exigente."

O diretor de marketing da Marisol, Giuliano Donini, mostrou como a fabricante de confecções faz o gerenciamento de suas sete marcas – Rosa Chá, Lilica Ripilica, Tigor, Mineral, Pakalolo, Sais e Marisol. "É preciso trabalhar em uma série de frentes, desde a cultura da empresa até o desejo pelo produto." Donini usou como exemplo a marca Lilica Ripilica, que usa diferentes canais de comunicação com o consumidor, como um clube de relacionamento para crianças, site, parque infantil no Beto Carrero World e uma revista infantil.

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