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A economia russa deverá se recuperar em menos de dois anos e, no pior dos cenários, voltará a crescer em 2017, afirmou nesta quinta-feira (18), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em coletiva anual de imprensa no país.

"A recuperação é inevitável", ele afirmou. Putin disse ainda que o governo e o banco central estão agindo de "forma apropriada" no combate à crise, embora um pouco tardiamente.

Em sua primeira aparição pública desde a forte depreciação do rublo ante o dólar nesta semana, o presidente russo iniciou seu discurso com uma tradicional leitura dos resultados econômicos deste ano.

Só depois disso, falou sobre a moeda local, afirmando que espera que o rublo continue com a recuperação iniciada na quarta-feira (17). O rublo já perdeu cerca de 46% contra o dólar neste ano.

Putin reforçou que o governo não vai queimar de "forma impensada" suas reservas para sustentar o rublo, mas vai garantir o cumprimento das obrigações sociais do Estado.

Com as receitas em queda, em razão das baixas dos preços do petróleo, o presidente disse que o país "não vai cortar gastos sem planejamento".

Medidas

Em relação às medidas tomadas pelo governo e pelo banco central, Putin as classificou como apropriadas e afirmou que "poderiam ter sido tomadas mais urgentemente", aparentemente em referência à brusca elevação, no início da semana, da taxa básica de juros do país, de 10,5% para 17%.

O presidente disse também que o governo deverá tomar mais medidas para conter a inflação, que já chega a 10% em 2014.

Otimista, Putin minimizou o impacto da queda dos preços do petróleo no país e disse que a economia russa deverá reduzir sua dependência da indústria de energia em meio a esse novo cenário.

"A vida vai nos forçar a isso, porque a baixa dos preços de energia vai estimular o investimento em setores que foram negligenciados no passado", disse.

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