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Ademilson Milani, dono da loja homônima de materiais: 70% das vendas vêm das reformas | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Ademilson Milani, dono da loja homônima de materiais: 70% das vendas vêm das reformas| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

R$ 300 milhões no Paraná

Foi quanto a principal linha de financiamento para compra de materiais de construção e móveis planejados, o Construcard, da Caixa Econômica Federal, movimentou no ano passado. Em Curitiba e região foram R$ 133,3 milhões. No Brasil, o volume de contratações chegou a R$ 3,8 bilhões, segundo o banco.

Compra picada reduz gasto médio

Embora o levantamento do Instituto Data Popular aponte para um gasto médio de R$ 4.500 com reformas e benfeitorias, o ticket médio das lojas do varejo em Curitiba varia de R$ 150 a R$ 200. "O faturamento da Milani Materiais de Construção, por exemplo, vem mais da quantidade de vendas que do preço médio gasto por cliente", afirma Ademilson. Isso acontece porque a maioria dos consumidores costuma fracionar a obra, comprando os insumos em etapas, para não comprometer o orçamento.

Facilidade

Uma da vantagens para os consumidores foi o aumento das facilidades de financiamento desses insumos. Em julho do ano passado, a redução nas vendas de materiais de construção fez a Caixa Econômica Federal (CEF) reduzir de 1,96% para 1,14% a taxa mínima da linha de financiamento Construcard e estender o prazo de pagamento para 96 meses. " Essas facilidades ajudaram também os lojistas porque o pagamento é garantido", afirma Eliomar Fiorenza, do Simaco.

Indústria aposta no varejo para crescer 4,5%

Para atingir 4,5% de crescimento projetado para 2013, a indústria de materiais de construção aposta em um avanço de 6% a 7% nas vendas do varejo, que absorve 50% de todos os insumos produzidos.

Segundo o presidente Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, mesmo com a economia devagar, o varejo cresceu acima do PIB em 2012, impulsionado pelo aumento da renda, acordos salariais acima da inflação, emprego e crédito disponível. " Estamos preparados para um crescimento bem maior que o que ocorre nos últimos anos, na casa dos dois dígitos. Além disso, a indústria tem mecanismos de reação muito rápidos na linha de produção. Se em 2012 esperávamos um crescimento de 5% e avançamos apenas 2%, significa que ainda temos bastante fôlego", afirma.

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Trocar o piso da cozinha, construir um banheiro novo, pintar a sala ou ampliar a casa. Grandes ou modestas, as reformas em domicílios e a autoconstrução estão nos planos de 28% dos brasileiros em 2013, conforme pesquisa do instituto Data Popular, divulgada em dezembro último. Ao todo, 17 milhões de lares devem passar por algum tipo de reparo, movimentando, em média, R$ 76 bilhões até o fim do ano.

Bom para o varejo, que é o principal beneficiado com o chamado "consumo formiga" de materiais de cons­trução. Depois de 3,5% em 2012, o setor espera crescer 6,5% neste ano, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Mas a expectativa não deve se refletir em contratações ou aumento da importação de insumos. Depois de três anos de oscilações e crescimento tímido, os pequenos e médios varejistas estão preparados para atender uma demanda maior que a atual e esperam ser surpreendidos.

A perspectiva é que 2013 seja um ano de recuperação para o setor de materiais de construção. Em 2010, por exemplo, a pesquisa do Data Popular mostrava que 25 milhões de famílias queriam fazer alguma reforma em casa.

Para o empresário Ade­milson Milani, dono da Milani Ma­teriais de Construção, com quatro lojas em bairros de Curitiba, o ano começou com vendas acima do esperado. "A expectativa é que o movimento se mantenha, mas não vou me empolgar porque estamos apenas no início". O crescimento de 30% em 2012 só foi possível graças às duas lojas novas inauguradas entre novembro de 2011 e abril do ano passado. Na matriz, no bairro Uberaba, houve retração de 5,3% e no Xaxim, o crescimento empatou com 2011. Somadas as vendas das quatro unidades, 70% vêm exclusivamente dos gastos com reformas e benfeitorias nos domicílios.

Assim como a Milani, a maioria das lojas de bairros depende exclusivamente das reformas e dos chamados pequenos construtores para manter as portas abertas. "As grandes construtoras e incorporadoras vão buscar os insumos diretamente na indústria. Se o cenário da pesquisa se concretizar, é possível que o varejo consiga reverter os dois anos de estagnação", afirma o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Materiais de Construção (Si­maco), Eliomar Fiorenza.

Nem os grandes varejistas de materiais de construção ficaram imunes à oscilação nas vendas. Na Balaroti, a inauguração de novas lojas no Paraná e em Santa Catarina também salvou 2012, que terminou com crescimento real de 5%, diante dos 3,5% registrados pela associação do setor. Para este ano, além de novas unidades, a empresa aposta, entre outras coisas, no setor de acabamentos para crescer 10%. "Com centenas de apartamentos sendo entregues, essa área deve ser destaque nas vendas", afirma o diretor comercial da empresa, Eduardo Ballarotti.

FinanciamentosCaixa reduz juros para imóveis acima de R$ 500 mil

Agência Estado

De olho no público de média e alta renda, a Caixa Econômica Federal reduziu os juros para o financiamento de imóveis com valor acima de R$ 500 mil. As novas taxas valem para empréstimos contratados desde esta terça-feira. Para clientes que não possuem relacionamento com o banco, a taxa efetiva caiu de 9,9% para 9,4% ao ano. Para aqueles com conta salário e que possuem relacionamento com o banco, o que inclui conta corrente com cheque especial, cartão de crédito e débito da prestação em conta, os juros passam de 8,9% para 8,4% ao ano. Para servidores públicos, a taxa mínima passou de 8,7% para 8,3% ao ano. No começo de 2012, essas taxas variavam entre 10,5% e 11% ao ano.

Curitiba

Segundo a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) cerca de 16% da oferta de apartamentos residenciais novos em Curitiba são de imóveis com valor acima de R$ 500 mil – são cerca de 5,5 mil unidades. A maioria desses imóveis (65%) é de três dormitórios, com área privativa de 85 a 263 metros quadrados e está localizada em regiões nobres, como Água Verde, Ecoville, Bigorrilho (Champagnat), Cabral, Juvevê, Batel, Centro e Vila Izabel.

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