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Há cerca de um ano, o comerciante Carlos Roberto de Moura abandonou o plano de saúde que mantinha há 20 anos. Segundo ele, como usa serviços médicos esporadicamente, estava gastando sem necessidade com as mensalidades. "Quando preciso, pago particular." Por isso, desde então, ele e a esposa buscam maneiras para economizar com medicamentos, consultas e exames. Uma das alternativas encontradas pelo casal foi a adesão ao Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam), mantido pela Associação Médica do Paraná (AMP). "Pra mim, funciona como um plano de saúde, mas sem mensalidade. Pago menos nas consultas, exames e até nas farmácias de manipulação."

O Sinam é um projeto alternativo de assistência médica, ao qual estão associados hoje cerca de 500 mil paranaenses. A vantagem dele, a exemplo de serviços similares como o das clínicas mantidas pelas universidades, por exemplo, é dar acesso a bons serviços de saúde a um preço mais baixo. O sistema não é um plano de saúde e não tem mensalidade, explica a gerente Selma Veiga. "Qualquer cidadão pode participar. E, com a carteirinha do Sinam, pagar pelas consultas e serviços que precisa com base nos valores da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM)." Essa tabela estabelece os valores mínimos a serem praticados pelos profissionais de saúde em atendimentos particulares. Na prática, isso representa um desconto importante para o usuário. Uma consulta médica, por exemplo, custa R$ 50. Sem a carteirinha do Sinam ou algum plano de saúde, elas chegam a custar R$ 200, dependendo do médico e da especialidade.

Para ter acesso ao benefício, o cidadão precisa fazer o cadastro no Sinam para emissão de uma carteirinha de usuário e comprar o guia dos profissionais e clinicas cadastradas, no valor de R$ 50. "A partir desse ano a carteirinha terá validade de um ano, para que tenhamos sempre o cadastro atualizado. O guia é relançado anualmente, mas fica a critério do usuário comprá-lo novamente ou não", explica a gerente.

A vendedora Fernanda Souza Avanço se cadastrou essa semana no Sinam para economizar nos exames que precisa fazer. "Não tenho plano de saúde, então tinha que pagar o preço de consulta particular quando ia ao médico. Fiquei sabendo por amigas dessa possibilidade e vim me inscrever", diz. "Ainda não sei quanto, mas pretendo economizar a partir de agora."

Os usuários cadastrados no laboratório de análises clínicas Laboran têm benefício semelhante. Segundo o diretor José Stori, com o cartão especial (gratuito) os usuários também pagam os preços da tabela CBHPM e têm a possibilidade de parcelar o valor dos exames. "O preço é cerca de 50% menor que o particular", diz. "Nosso objetivo é atender a quem precisa. O preço e a forma de parcelamento podemos negociar."

Independente de participar dos programas, a gerente do Sinam sugere que os clientes façam uma pesquisa de preços antes de decidir onde fazer seus exames. "Os valores variam de um lugar para o outro. Por isso é importante pesquisar."

Nas clínicas universitárias, também muito procuradas, é preciso ter paciência e entrar na fila. Na Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), por exemplo, a comunidade tem acesso a atendimento psicológico, odontológico, fonoaudiologia e fisioterapia. O atendimento é feito pelos acadêmicos, com a supervisão dos professores. Nos hospitais da PUC o atendimento é feito por profissionais com preços mais acessíveis. O Hospital Psiquiátrico Nossa Senhora da Luz, por exemplo, oferece consulta psicológica por R$ 30.

Para quem prefere os planos de saúde, uma opção são aqueles contratados diretamente pelos prestadores de serviço. "Eliminar um intermediário, em geral, se traduz em agilidade e custos menores para os usuários", diz o coordenador do departamento de operadoras de planos de saúde da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficientes do Paraná (Femipa), José Martins Lecheta. Segundo o diretor, no entanto, não é possível dimensionar qual a diferença, já que os preços variam conforme a idade e necessidade dos clientes. Um plano básico (sem internamento) do Hospital Evangélico, por exemplo, tem mensalidade de R$ 76,79 para usuário na faixa dos 30 anos.

Serviço

Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam)/Associação Médica do Paraná: Rua Cândido Xavier, 561 (Água Verde). Telefone: (41) 3019-8689. Horário de atendimento: das 8h30 às 18 h.

Laboran Exames Laboratoriais: Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) - (41) 3023-3303 ou pelo site www.laboran.com.br.

PUCPR: Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho. Informações no (41) 3271-1515

Hospital Evangélico: Alameda Augusto Stelfeld, 1908, Bigorrilho. Informações no (41) 3240-5000.

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