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A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) confirmou ontem que quatro das sete fazendas decretadas como foco de febre aftosa no Paraná já foram liberadas para repovoamento e podem voltar a criar animais. Os exames dos animais sentinelas da Cesumar e Pedra Preta, em Maringá, Flor do Café, em Bela Vista do Paraíso e Santa Izabel, em Grandes Rios, deram negativo. Na Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira e nas fazendas São Paulo e Alto Alegre, em Loanda, a sorologia ainda não foi concluída. A intenção da Seab é encerrar está etapa em 30 dias.

Os sentinelas são bovinos jovens, sem proteção e suscetíveis à aftosa. O objetivo é detectar se existe atividade viral na propriedade. Por uma questão estratégica, esses animais foram adquiridos em Santa Catarina, que não vacina seu rebanho há 10 anos porque mantém o status de livre de aftosa sem vacinação. "É uma maneira de eliminar dúvidas sobre a presença de anticorpos", diz Newton Pohl Ribas, secretário estadual de Agricultura, para quem o resultado dos exames reforça a tese de que não houve aftosa no Paraná.

A Seab também apresentou os resultados das coletas feitas nas propriedades da área de risco, dentro do raio de 10 quilômetros dos focos. Foram coletadas 10,3 mil amostras, das quais 10.205 deram negativo e 95 ainda aguardam o laudo. As fazendas que tiveram resultado negativo e aquelas que não entraram na amostragem já foram liberadas para movimentação de animais.

Xeque

O secretário explica que o Paraná tem cumprido todas as determinações da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), mas ele alerta que, se não houver controle mais rigoroso na área considerada de risco (fronteira com Paraguai, Argentina e Bolívia), "o controle sanitário do Brasil está em xeque". Pohl Ribas defende uma proposta do estado que já foi apresentada ao Mapa de vigilância epidemiológica nas fronteiras internacionais. Os municípios numa faixa de 25 quilômetros seriam submetidos a um trabalho de vacinação assistida, identificação individual dos animais, educação sanitária e as propriedades passariam a ser monitoradas por um sistema de georreferenciamento.

Prejuízo

Também estavam presentes na divulgação do balanço o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Alexandre Lopes Kireeff, e o proprietário da Fazenda Cachoeira, André Carioba. O pecuarista aguarda o fim da sorologia para acionar o governo federal na Justiça. Ele vai reclamar o lucro-cessante dos meses em que sua área ficou interditada (já são sete meses). Carioba calcula um prejuízo de R$ 2 milhões. Alexandre Kireeff informou que os demais produtores também vão buscar ressarcimento.

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