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O Paraná não apenas ampliou suas exportações de frango, como cresceu quatro vezes mais que o Brasil em 2014. Isso mesmo, enquanto o estado embarcou um volume 12,5% maior que no ano anterior, o país avançou 3% nas vendas internacionais da carne branca.

O resultado no mercado externo confirma a retomada depois de um 2013 bastante difícil do setor e consolida a posição do Paraná como o maior exportador dessa proteína no Brasil, que se fortalece como o maior fornecedor mundial da carne. Praticamente 1/3 de todo o frango vendido ao exterior saiu das granjas e abatedouros paranaenses.

A participação na produção e exportação nacional faz do Paraná o mundo do frango. Os números chegam a impressionar. Em 2014 o estado abateu 1,56 bilhão de aves. O desempenho é 7,2% superior a 2013. No ano passado o estado embarcou 1,28 milhão de toneladas, com um faturamento de US$ 2,36 bilhões. O avanço da avicultura nacional e paranaense está relacionado à abertura de novos mercados e à expansão das relações comerciais brasileiras.

Em 2015, Brasil e Paraná têm uma expectativa de crescimento de 3% e 6%, respectivamente. Uma das metas é ampliar os negócios com a China. O embargo chinês à carne de frango dos Estados Unidos, outro grande produtor e exportador, abre um espaço no mercado internacional de aproximadamente US$ 200 milhões ao ano. O Brasil se candidata como um fornecedor natural, com volume e qualidade para abastecer com segurança a demanda oriental. Em 2014 os norte-americanos venderam 176 mil toneladas de carne de frango para a China. O embargo ocorre por conta do registro de casos do vírus da gripe aviária (H5N1) em patos selvagens em três estados dos Estados Unidos.

Hora do balanço

A Expedição Safra está de volta a campo para o balanço da temporada 2014/15. Duas equipes percorrem a partir de hoje parte das regiões Centro-Oeste e do Sul do Brasil. Nesta primeira etapa da fase de colheita o levantamento técnico-jornalístico vai ao Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná e São Paulo.

Além das visitas técnicas às lavouras, sindicados rurais, federações e outros elos da cadeia produtiva, estão programados dois encontros com produtores, um em Sorriso (MT) e outros em Catanduvas (PR). Até o final do ciclo as equipes vão passar por 16 estados brasileiros, pelas regiões produtoras do Paraguai, Argentina e Uruguai, participam de um evento técnico e de tendências nos Estados Unidos e no roteiro extraordinário desembarcam no Leste Europeu.

Potencial recorde

No Brasil, apesar de alguns problemas climáticos no plantio e no desenvolvimento das lavouras, o potencial produtivo é recorde, aponta a Expedição. O país deve ter uma safra total de 202 milhões de toneladas. O volume é puxado pela soja, com 96,1 milhões de toneladas, e milho para mais de 70 milhões de toneladas. O cereal deve render 32,3 milhões no verão e perto de 40 milhões de toneladas na segunda safra que, inclusive, já começou a ser semeada no Paraná e em Mato Grosso, os dois maiores produtores.

Chicago sem suporte

Apesar das dificuldades com o clima, o revés este ano vem dos preços. Depois de cair para próximo de US$ 9/bushel em setembro/outubro do ano passado, a cotação reagiu, superou a casa dos US$ 10 em janeiro. Mas não encontrou sustentação. Na sexta-feira fechou na casa dos US$ 9,70 na Bolsa de Chicago. No mercado interno, o câmbio, que de certa forma vem compensando as perdas em Chicago, também não teve uma boa semana. O dólar, que começou o ano valendo acima de R$ 2,70, opera abaixo de R$ 2,60.

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