A redução nos preços das commodities pode obrigar o Brasil a rever sua estratégia para manter o superávit na balança comercial. Como o país tem cerca de 50% de sua pauta de exportações concentrada em commodities, a queda nas cotações internacionais pode resultar em uma receita de exportação menor e complicar ainda mais o cenário da balança comercial. Um relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC) sugere que a queda nos preços dos bens agrícolas pode reduzir "de forma substancial" o superávit brasileiro. Até agora, os preços vinham compensado o câmbio desfavorável para as vendas externas.
Segundo a OMC, mais da metade da alta das exportações nacionais nos últimos meses ocorreu graças aos preços e não ao volume exportado. O mesmo já havia ocorrido em 2007. No ano passado, as exportações do país cresceram 17% em valor, com US$ 161 bilhões. Em volume, porém, a alta foi só de 6,9%.
Mesmo com essa expansão, o superávit já vinha caindo diante do crescimento das importações, embaladas pelo dólar fraco. Para o economista Luis Fernando Azevedo, da consultoria Rosenberg & Associados, o superávit em 2009 deve cair para US$ 9 bilhões.
Por outro lado, para alguns economistas, a recente trajetória de valorização do dólar pode ajudar a compensar a queda dos preços internacionais. O problemaé que os importados ficariam mais caros, pressionando, ainda que sutilmente, a inflação em setores que vinham registrando deflação, como o de eletroeletrônicos. (CR)
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