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Gastos com o fundo de pensão e a queda do dólar e do petróleo no mercado internacional foram os principais fatores que puxaram para baixo o lucro da Petrobras nos três primeiros meses do ano. O montante caiu para R$ 4,13 bilhões no primeiro trimestre do ano, contra R$ 6,68 bilhões no mesmo período de 2006, o que representa uma queda de 38%.

O resultado decepcionou o mercado e ficou abaixo das estimativas mais conservadoras dos analistas, que previam lucro de R$ 5 bilhões para o período. Na comparação com o quarto trimestre de 2006, quando a companhia lucrou R$ 5,2 bilhões, a redução foi de 21%.

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pela empresa, as despesas referentes à repactuação do fundo de pensão da Petrobras (Petros) custou R$ 1,040 bilhão à estatal no primeiro trimestre e ajudaram a reduzir os lucros.

A empresa negociou com os funcionários a mudança do fundo de pensão da modalidade "benefício definido" para a de "contribuição definida", oferecendo vantagens financeiras aos funcionários que fizessem a migração, o que viabilizou a mudança do plano.

Petróleo e dólar

A redução dos preços do petróleo no mercado internacional, além da queda do dólar em relação ao real nos três primeiros meses do ano foram apontados pela companhia como outros fatores responsável pela diminuição nos lucros da estatal..

Segundo a Petrobras, os preços do petróleo tipo Brent registraram queda de 6% no trimestre (em relação ao primeiro trimestre de 2006), caindo para US$ 57,75 por barril (ante US$ 61,75 no primeiro trimestre de 2006). O dólar, por sua vez, caiu para R$ 2,1082 este ano, ante R$ 2,1944 no primeiro trimestre de 2006.

Esses dois movimentos reduziram as vendas da empresa em R$ 839 milhões no trimestre, embora o volume vendido tenha registrado acréscimo de R$ 387 milhões (subiu para R$ 697 milhões, ante R$ 310 milhões no ano passado).

A empresa contabilizou ainda aumento nos gastos, especialmente a elevação nos custos com a compra de materiais e serviços (aumento de R$ 338 milhões), além de pagar mais caro na compra de gás natural importado, com despesa extra de R$ 237 milhões sobre igual período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 10,9 bilhões, queda de 22% em relação aos R$ 14,1 bilhões obtidos há um ano.

Produção maior

A produção de petróleo e gás no país alcançou a média de 1,8 milhão de barris/dia, crescimento de 50 mil barris por dia ou 3% sobre o mesmo período de 2006. Segundo a empresa 83% do total são oriundos da Bacia de Campos. Já a produção de derivados aumentou 7%.

Apesar da expansão, a Petrobras informou que o desempenho foi atrapalhado problemas com a produção de Golfinho (FPSO Capixaba), Jubarte (P-34) e Marlim (P-37), além de paradas programadas nas principais refinarias do país.

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