• Carregando...

O fim do ano ainda está um pouco longe, mas quem tem como sonho conhecer a cultura americana, melhorar o inglês, aprimorar o currículo, amadurecer e ainda ganhar um dinheiro deve começar a se preparar agora. Agosto e setembro são os melhores meses para universitários que pretendem trabalhar temporariamente nos Estados Unidos (EUA), de acordo com as agências de intercâmbio.

É nesta época que recrutadores americanos vêm ao Brasil entrevistar candidatos pré-selecionados pelas agências, nas chamadas feiras de emprego. Os aprovados embarcam de outubro a dezembro, trabalham de três a quatro meses e têm o direito de ficar um mês de folga, curtindo o país. A vantagem é que os estudantes podem encaixar a experiência nas férias escolares para não prejudicar o andamento dos estudos.

As exigências são poucas: estar na metade de um curso de nível superior ou de pós-graduação, ter entre 18 a 30 anos e falar um inglês intermediário – ou seja, conseguir montar algumas frases e contar uma pequena história na língua. "Essas são as exigências da lei americana, mas geralmente o pessoal entre 18 a 28 anos tem mais sorte e, obviamente, quem fala inglês avançado também tem mais oportunidades", explica Dieter Weihermann, diretor da agência B to W – Brazilians to the World, de Curitiba.

As vagas geralmente são para funções de nível operacional em hotéis, resorts, cassinos, restaurantes, cafés, lojas, parques de diversão, eventos e estações de esqui. Os brasileiros são selecionados para trabalhar como garçom, cozinheiro, arrumadeiro, vendedor, recepcionista ou caixa, entre outras funções. A carga de trabalho fica entre 30 e 40 horas por semana – com horários flexíveis, determinados pelo patrão. Os salários giram em torno de US$ 5 a US$ 10 a hora, o que permite ao intercambista recuperar o investimento de cerca de US$ 2 mil (custo médio dos programas mais a passagem áerea).

Isto, claro, se a pessoa for comedida. "É muito fácil gastar dinheiro nos Estados Unidos", brinca Weihermann. "Mas no mínimo você consegue recuperar o que investiu." Para a gerente nacional de relacionamentos da agência Student Travel Bureau (STB), Andréa Pinotti, o retorno financeiro da viagem depende do perfil de cada um. "Os mais contidos conseguem. Agora, aquele que quer comer em restaurante todo dia ou comprar um monte de coisas não vai guardar dinheiro", alerta. Segundo Andréa, os intercambistas que não quiserem dividir quarto com outras pessoas também vão gastar mais.

As vagas estão disponíveis em praticamente todos os estados americanos, segundo a gerente da agência AF Intercâmbio, Cintia Zampieri. "A pessoa indica para onde quer ir e qual tipo de trabalho gostaria de fazer. Nós avaliamos o perfil do candidato e oferecemos ao empregador, que decide se contrata ou não", explica. Cintia explica que o intercambista recebe orientação antes de ir e quando chega no destino. "Fazemos reuniões com os pais também para que eles tirem suas dúvidas."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]