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Cascavel – Quando a antiga Comil se dividiu em duas empresas, em 2001, os ex-sócios firmaram um compromisso informal. A família Mascarello, que ficou com a unidade de Cascavel, iria se concentrar no negócio de silos e secadores. Por sua vez, os Corradi controlariam sozinhos a Comil Ônibus, de Erechim (RS).

Mas, quando os gaúchos criaram a Engenharia de Movimentação e Armazenagem (EMA), tornando-se concorrentes da empresa paranaense na fabricação de silos, receberam o troco na mesma medida: os Mascarello decidiram abrir sua própria fábrica de carrocerias de ônibus. De início, contrataram funcionários da também gaúcha Marcopolo, e em três anos já ameaçam a posição da Comil Ônibus, que tem 10% do mercado nacional. "Cascavel sempre foi conhecida pela soja. Mas você vai ver, logo ela será conhecida pelos ônibus que produz", promete Celinha Mascarello, diretora da empresa.

No início das atividades, a Mascarello Carrocerias e Ônibus deixava pronto um ônibus por semana. Hoje são quatro por dia, feitos sob encomenda para prefeituras de todos os estados, concessionárias de transporte coletivo e até Exército e Aeronáutica. Ano passado, 17% da produção foi exportada – grande parte para o Chile –, e a meta para este ano é vender para o mercado externo 30% de todos os ônibus fabricados. A Mascarello tem quatro modelos básicos, de diferentes tamanhos, mas cada ônibus é equipado conforme as mais diversas exigências dos clientes – no Chile, por exemplo, o escapamento precisa "subir" pela traseira do ônibus, enquanto os modelos exportados para as minas de diamante de Angola possuem uma escada, para que os mineiros coloquem seus equipamentos sobre o teto do ônibus.

"Hoje nossa variedade de produtos atende até 70% do mercado. Os 30% restantes correspondem aos chamados double-deck, ônibus para longas distâncias. Estamos desenvolvendo esse modelo, e até 2008 teremos capacidade para atender 100% do mercado", conta Antonino Jacel Duzanowski, diretor comercial da empresa. Com 580 funcionários, a empresa espera faturar entre R$ 85 milhões e R$ 90 milhões em 2006, frente aos R$ 60 milhões do ano passado. (FJ)

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