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O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse ontem que o aumento dos combustíveis é "imprescindível" para que a empresa reduza seu endividamento. O executivo afirmou, porém, que não tem como prever quando isso ocorrerá e negou que a decisão esteja relacionada ao calendário oficial. O último reajuste foi autorizado em novembro de 2013.

De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura, a defasagem atual no preço da gasolina é de 9,6% e do diesel, de 8,4%, em relação aos preços internacionais. Os preços externos trazem impacto à Petrobras porque a empresa importa combustíveis que vende para atender à demanda interna e também porque importa petróleo.

A palavra final sobre o reajuste dos combustíveis cabe ao conselho de administração da empresa, instância máxima de gestão da companhia. O conselho é formado por dez integrantes, dos quais sete são representantes do governo, uma vez que a União é o principal acionista da companhia.

Os reajustes têm sido retidos devido ao impacto que trariam na inflação. Sem poder repassar a alta dos custos no mercado interno, a Petrobras é obrigada a absorvê-los, o que tem trazido impacto negativo às suas finanças. No primeiro semestre de 2014, a empresa lucrou R$ 10,4 bilhões, queda de 25% em relação aos primeiros seis meses de 2013, de 13,9 bilhões. A dívida da Petrobras cresceu de R$ 221,6 bilhões para R$ 241,3 bilhões entre dezembro de 2013 e junho de 2014.

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