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O reajuste negativo da energia elétrica para consumidores residenciais compensou a alta do preço da gasolina – que subiu 2,85% em julho – e manteve a inflação da cesta de tarifas públicas próxima de zero (0,32%) na região de Curitiba.

A energia ficou 1,33% mais barata no fim de junho. Em julho, a influência negativa na cesta foi de 1,02%. "Poderia ter caído mais, não fosse a alta de Pis/Cofins", diz o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná, Ulisses Kaniak, que é parceiro do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na elaboração da cesta mensal de tarifas.

O álcool ficou 8% mais barato em julho. Porém, a má notícia é que a redução foi só nas distribuidoras. Os postos viram na queda do custo a oportunidade de elevar a margem de lucro – que passou de R$ 0,21 para R$ 0,30 – e o preço nas bombas subiu 0,30%. Mas comparado ao preço de julho do ano passado, o litro está R$ 0,20 mais barato (está sendo vendido a R$ 1,32).

A gasolina segue o mesmo caminho. O preço caiu quase 2% nas distribuidoras, mas aumentos de margem de 50% forçaram a inflação. Nas bombas, o preço médio (R$ 2,37) também está quase R$ 0,10 mais barato que o de julho de 2006.

Telefone

O preço da assinatura de telefone fixo subiu 2,12% no fim de julho, e impactará em 1,3% a cesta de agosto. Com isso ,e com a previsão de manutenção do preço da gasolina num patamar alto, o Senge e o Dieese estimam para agosto alta de 1,03%. "A gasolina pode ter deflação nas próximas semanas, pois sempre tem altos e baixos", diz o economista do Dieese, Sandro Silva.

Outra mudança pode impactar a cesta: a Assembléia Legislativa aprovou em primeira votação, na terça-feira, um projeto que acaba com a cobrança da tarifa mínima de água (R$16,35), o que poderia refletir em deflação na cesta. Para outubro é previsto o reajuste dos planos de telefonia fixa.

No ano a cesta acumula leve deflação de 0,11% e nos 12 meses está estável em 0,17%, bem abaixo dos índices de inflação.

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