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Apesar da obrigatoriedade de padronização da nomenclatura e de transparência das tarifas – medidas que visam aumentar a concorrência –, o preço dos serviços bancários aumentou. Pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que, nos últimos 11 meses – desde que entraram em vigor estas normas –, o valor das tarifas bancárias em sete bancos com mais de 1 milhão de clientes subiu 7,6 vezes a inflação acumulada no período. Em alguns casos, o reajuste nas taxas foi de 300%.

"O Idec entende que a resolução e a circular deveriam trazer maior transparência e competitividade para os bancos. E a gente vê que nenhuma tarifa sofreu redução. O movimento mostra que o que se busca é o topo, e não um preço mais competitivo", diz a economista do Instituto Ione Amorim.

Com um reajuste após o outro, a receita dos bancos com as tarifas tem crescido nos últimos anos. Para muitos deles, o total arrecadado só com essas taxas de serviço já paga, com folga, a folha de pagamento dos funcionários – que é o principal custo de operação de uma instituição financeira.

Pelas contas do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad), com base nos balanços de cinco bancos, apenas a Caixa Econômica Federal não conseguiu pagar os funcionários com a receita das tarifas no ano passado – ainda assim, elas representaram 87% do valor da folha. Já Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander conseguem pagar todo o pessoal com as tarifas e ainda sobra dinheiro no caixa (veja quadro ao lado). (FL)

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