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A receita bruta do setor de serviços subiu 10,3% em fevereiro ante igual mês de 2013, informou nesta quarta-feira, 16, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). A receita bruta do setor acumula altas de 9,8% no ano e de 8,7% nos últimos 12 meses. A alta de 10,3% em fevereiro sobre igual mês de 2013 foi a maior desde abril de 2013, neste mesmo tipo de comparação. Naquele mês a alta da receita bruta nominal da atividade cresceu 11,6% em relação a abril de 2012.

O IBGE ainda revisou o dado sobre a receita bruta nominal do setor de serviços de janeiro de 2014 ante janeiro de 2013. O crescimento, que havia sido apontado em 9,3% na leitura inicial, passou para 9,2%.

A PMS foi inaugurada em agosto de 2013, com série histórica desde janeiro de 2012. A pesquisa produz índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e com detalhes para alguns Estados, divididos em quatro tipos principais: o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; o índice acumulado em 12 meses; e o índice base fixa, comparados à média mensal obtida em 2011.

Ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), pois, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.

CNC: calendário contribuiu para melhora nos serviços

A melhora do setor de serviços em fevereiro deste ano não se deu apenas por maior dinamismo na atividade. O efeito calendário, que fez com que o mês tivesse dois dias úteis a mais do que em 2013 (devido à realização do carnaval em março), também contribuiu, observou Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a receita nominal de serviços cresceu 10,3% em fevereiro contra igual mês do ano passado. Em termos reais, a CNC calcula que a expansão tenha sido de 2,2%, a maior taxa desde abril de 2013, neste tipo de comparação.

"É uma alta expressiva, mas a melhora requer cautela", explicou Bentes. Para ele, o dado divulgado não é suficiente para concluir que a atividade está retomando fôlego. "Pode ser que março a situação não seja tão boa, pelo mesmo motivo de efeito calendário", acrescentou. O economista acredita que o primeiro semestre não deve manter o mesmo ritmo de crescimento observado em fevereiro - mesmo com a realização da Copa, que não deve trazer grande impacto para a atividade, à exceção dos serviços prestados às famílias.

Setores

Segundo o economista, os setores de transportes e de serviços prestados às famílias seguem como destaque na atividade justamente por conta da manutenção de ganhos reais na renda dos trabalhadores, "embora esse crescimento seja cada vez menor".

Além disso, no caso de transportes, o represamento de reajustes nos preços de combustíveis estimula o consumo, segundo Bentes. Outro motivo para a expansão da receita dos transportes é o escoamento da safra agrícola, principalmente em Estados da Região Centro-Oeste do País.

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