A Receita Federal realiza nesta quinta-feira (28) operação com o objetivo de desarticular uma quadrilha no Rio acusada de fraudar declarações do Imposto de Renda para a obtenção de restituições indevidas. De acordo com a Receita, a operação acontece em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal e foi intitulada de "Operação Triplo S".
A operação para desarticular o grupo está acontecendo nesta quinta-feira. A previsão é que, por volta das 16h, sejam divulgadas informações sobre possíveis presos.
Investigação
As investigações foram iniciadas pelo setor de inteligência da Receita Federal e duraram cerca de seis meses. Foram identificados indícios de que um escritório de contabilidade, localizado na praça central de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, agia como uma "fábrica" de restituições fraudulentas.
Segundo as investigações da Receita, o escritório buscava interessados com promessas de restituições em valores elevados ou até mesmo a exclusão de contribuintes da "malha fina".
De acordo com o órgão, os fraudadores informavam na declaração de seus clientes valores forjados com despesas dedutíveis que não ocorreram. Dessa forma é que eram gerados os valores indevidos de restituições. Em troca, os fraudadores recebiam um determinado valor, que variava em função da quantia da restituição: quanto mais alta, maior era o percentual.
No escritório trabalhavam cinco pessoas que, segundo as investigações, agiam em conjunto na elaboração das declarações. Essas pessoas são investigadas pelo crime de formação de quadrilha.
Conforme levantamento da Receita Federal, a quadrilha enviou quase 7 mil declarações desde 2009. Somente nesta quarta-feira (27), com o prazo da entrega das declarações próximo do fim, o escritório teria enviado 111 declarações.
A Receita informou, ainda, que os diversos clientes do escritório serão chamados para serem fiscalizados e que os demais deverão ter suas declarações bloqueadas até que possam ser analisadas pelos auditores fiscais.
Os contribuintes deverão pagar os valores recebidos indevidamente com juros e multa de até 225% do valor devido e poderão responder criminalmente pelas fraudes, já que, como havia indícios de crime de quadrilha, as informações a respeito dos fraudadores e beneficiários foram encaminhadas ao Ministério Público, disse a Receita.
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