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Crise

Recessões anteriores tiveram mais taxas e mais demissões

Falar do aumento no imposto de renda é um exercício teórico, mas há pelo menos um fato intrigante que diferencia a recente recessão de recessões anteriores. Nas de 2001, 1990-91 e, principalmente, após o mergulho profundo de 1980-1982, os governos estaduais e municipais cortaram gastos radicalmente e demitiram. Em seguida, vários estados e municípios decretaram aumentos no imposto de renda para compensar os estragos de uma economia que se recuperava lentamente. Não é assim na presente recessão.

"Em uma recessão típica, se esperariam aumentos de impostos este ano, uma vez que os estados fizeram cortes aos montes", diz Donald J. Boyd, pesquisador sênior do Instituo de Políticas Públicas Nelson A. Rockefeller, da Universidade Estadual de Nova York, em Albany. "Mas vivemos um clima de total aversão ao setor público e a mais impostos no momento."

Alguns estados, de fato, incluindo Maryland, Nova Jersey e Carolina do Norte, fizeram deixar de vigorar, este ano, os impostos sobre seus habitantes de alta renda.

Alta referendada

O Oregon é um dos poucos a resistir a essa tendência. Em janeiro de 2010, os eleitores aprovaram um aumento temporário de impostos para indivíduos que ganham mais de US$ 125 mil por ano e sobre os casais cujos rendimentos ultrapassarem US$ 250 mil.

Um editorial do The Wall Street Journal indicou, mais tarde, que essas taxas fizeram com que milhares de moradores de alta renda fugissem do estado, mas estudos revelaram que a grande maioria simplesmente passou a ganhar menos dinheiro para, assim, ficar abaixo do limite de renda para tributação mais elevada.

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