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Presidentes de bancos centrais de vários países do mundo disseram neste domingo (29) que uma recuperação econômica irregular tende a continuar em curso, apesar das preocupações a respeito da vitalidade da economia dos Estados Unidos.

No encontro anual do Federal Reserve (Fed) em Jackson, no Wyoming, a ansiedade, e não o pânico, estava na ordem do dia, entre economistas e funcionários castigados por uma profunda recessão e uma recuperação desapontadora. "Vamos ter que abrir nosso caminho através disso", disse Thomas Hoenig, presidente do Federal Reserve de Kansas City, que preparou o encontro.

Vários dirigentes de bancos centrais estrangeiros se disseram atingidos pelo grau incomum de pessimismo que eles testemunharam nos Estados Unidos, em contraste ao habitual otimismo dos norte-americanos. "Não posso mais esperar para voltar para o meu lado do mundo", disse Alan Bollard, governador do Banco Central da Nova Zelândia. O crescimento econômico do país, de 3% neste ano, foi sustentado pela força econômica da Austrália e da China informa o Wall Street Journal.

Funcionários do Fed estão consumidos pelo debate sobre se eles deveriam fazer mais para apoiar o crescimento econômico e evitar que uma inflação já baixa caia ainda mais. A principal opção - ressaltada, em discurso, pelo presidente do Fed, Ben Bernanke, na última sexta-feira - seria a retomada das compras de bônus de longo prazo, para levar para baixo as taxas de juros de longo prazo. O Fed já comprou US$ 1,7 trilhão de bônus do governo e dívidas de hipotecas e as taxas de juros estão nos seus níveis mais baixos em décadas.

Muitos outros em Jackson Hole endossaram a visão de Bernanke, de que a economia norte-americana retomará uma expansão moderada em 2011, após um apático segundo semestre neste ano. "O desfecho mais provável é que o mundo esteja no caminho de uma recuperação moderada", disse John Lipsky, vice-diretor gestor do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O FMI espera realizar apenas pequenos ajustes nas suas projeções atualmente em revisão antes das reuniões da organização no começo de outubro. "Já tínhamos antecipado que haveria alguma desaceleração no segundo semestre", disse. "Os mercados emergentes estão mais fortes do que havíamos antecipado e o mais recente dado da Europa é melhor", acrescentou.

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