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Ainda que o Super Dip cultive a imagem de supermercado de bairro e busque a maior parte da clientela nas classes mais populares, não tem uma única filial livre da concorrência de grandes redes. "Em nenhum de nossos pontos de venda estamos isolados", diz o superintendente, Edson Redolfi. Algo que não surpreende, dada a proliferação de supermercados na Grande Curitiba nos últimos anos. De acordo com a Associação Para­­naense dos Supermercados (Apras), o número de lojas passou de 836 para quase mil entre 2004 e 2008 – um salto de 20%, bem acima do avanço de 7% registrado em todo o Paraná no período.

Mas Redolfi jura que, mesmo comprando em quantidades menores que gigantes como Walmart, Pão de Açúcar e Carre­­four, é possível vender mais barato que eles. "Nosso custo operacional é muito reduzido. Trabalhamos com estoque menor, o que exige menos capital de giro. Nossas lojas têm, em média, 850 metros quadrados, enquanto um hipermercado não tem menos de 3 mil."

Mas as principais armas do Super Dip nesse combate, diz o exe­­cutivo, estão em conhecer de perto seu consumidor e o que ele quer. Atributos que, aliás, são as principais "vantagens competitivas" dos pequenos supermercados, segundo Eugênio Foganholo, diretor da consultoria especializada em varejo Mixxer Desenvol­­vi­­mento Empresarial. "São duas gran­­des vantagens. A primeira é a proximidade com o público que mora ou trabalha no entorno, o que garante conveniência, economia de tempo, rapidez de acesso. A segunda é conhecer seus consumidores, o que implica adaptar o mix de produtos para eles, conversar com eles."

Mas o consultor lembra que, enquanto a primeira vantagem é "automática", a segunda exige uma "atuação proativa" do em­­presário, algo imprescindível para enfrentar o avanço das grandes. "Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour têm muito clara a estratégia de desenvolver várias bandeiras diferentes, cada uma com um formato, para chegar cada vez mais próximo ao consumidor e atingi-lo em diferentes momentos de consumo", diz Foganholo. "Isso lhes permite atuar em regiões onde normalmente não conseguiriam." (FJ)

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