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A nova regra para distribuição de horários de pouso e decolagem (slots) em Congonhas (SP), anunciada na quarta-feira, foram feitas sob medida para permitir a entrada da Azul no aeroporto mais rentável do país. Criada no fim de 2008, a empresa se tornou a "queridinha" do governo nos últimos anos por três motivos: ela fez frente ao que se chamava de duopólio de TAM e Gol, é a única companhia nacional a voar com aviões da brasileira Embraer e investe em aviação regional.

A companhia atingiu em maio uma fatia de 21,36% no transporte aéreo nacional, mas não conseguiu acesso ao aeroporto de Congonhas, que está saturado e não tem mais horários vagos. Nos últimos anos, a única forma de ganhar espaço no aeroporto foi comprando empresas quebradas. A Gol, por exemplo, reforçou sua presença em Congonhas após a compra da Varig e a TAM, da Pantanal, ambas em recuperação judicial.

No primeiro trimestre de 2013, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) colocou em consulta pública uma nova proposta para ocupação de Congonhas. A SAC defendia que todos os slots de Congonhas fossem redistribuídos entre as empresas usando critérios como participação de mercado, presença em voos regionais e eficiência operacional. A previsão do governo era anunciar a nova regra no segundo trimestre de 2013, o que só foi feito esta semana. O texto final traz impactos menores às empresas que operam no local que o original – em vez redistribuir todos os slots, a entrada da Azul no aeroporto ocorrerá por meio do aumento da capacidade de Congonhas e pela distribuição de horários perdidos pelas empresas por falta de eficiência.

Enquanto Gol e TAM não demonstraram preocupação com a nova distribuição de slots, a Avianca mostrou todo seu descontentamento. O presidente da empresa, José Efromovich, disse que a regra limita o crescimento da companhia e agravará a concentração de mercado.

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